PEDAGOGIAS QUE CURAM COM OS/AS PESCADORES/AS ARTESANAIS DE ITAPISSUMA
Este artigo faz parte de uma pesquisa de doutorado em Educação sobre a comunidade de pescadores/as artesanais de Itapissuma/PE, que visa compreender como esses povos constroem estratégias para combater as exclusões radicais que experienciam. Dessa forma, a pedagogia a que é feita alusão neste trabalho não está circunscrita nas construções escolares, mas suja de lama, de suor, de sofrimento, de criatividade, dos cheiros dos manguezais. Através dos registros das lutas, das formas de existir e de resistir dos pescadores/as artesanais de Itapissuma/PE, contribui-se para a construção de uma história pedagógica transgressiva e não colonial. Para a concretização deste estudo, mobilizamos as metodologias pós-abissais das epistemologias do Sul, que se caracterizam por três premissas: i) construir conhecimento que possa ser utilizado nas lutas sociais, articulado aos conhecimentos artesanais, híbridos, populares; ii) promover o diálogo entre os conhecimentos artesanais e os conhecimentos científicos; e iii) construir a ecologia de saberes a partir da interlocução desses diferentes conhecimentos (SANTOS, 2019b). Este estudo contou com observação participante e entrevistas etnográficas com um grupo de treze pescadores/as artesanais da comunidade pesqueira de Itapissuma, que estão identificadas por E1, E2, E3 e E4. Nessas entrevistas os nomes de nascimento foram substituídos por outros, escolhidos pelos/as próprios/as pescadores/as.
A partir da coleta e análise das informações compiladas, buscou-se produzir uma proposta original de sistematização da forma singular como essas pessoas constroem estratégias de luta contra o capitalismo, o colonialismo e o patriarcado.
PEDAGOGIAS QUE CURAM COM OS/AS PESCADORES/AS ARTESANAIS DE ITAPISSUMA
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DOI: 10.22533/at.ed.04020190811
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Palavras-chave: conhecimentos artesanais, lutas, educação
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Keywords: Artisanal Knowledge, social struggles, education
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Abstract:
This paper is part of a doctoral research in Education on the community of artisanal fishers in Itapissuma/PE, which aims to understand how these people build strategies to oppose the radical exclusions they experience. Thus, the pedagogy referred to in this work isn't limited to school buildings, but is dirty with mud, sweat, suffering, creativity, and the smells of mangroves. Through the records of the struggles, the ways of existing and resisting the artisanal fishermen of Itapissuma / PE, we contribute to the construction of a transgressive and non-colonial pedagogical history. In order to carry out this study, we mobilized the post-abyssal methodologies of the epistemologies of South, which are characterized by three premises: i) to build knowledge to use in social struggles, linked to artisanal, hybrid, popular knowledge; ii) promote dialogue between artisanal knowledge and scientific knowledge; and iii) build a ecology of knowledges with the dialogue between these different knowledges (SANTOS, 2019b). This study included participant observation and ethnographic interviews with a group of thirteen artisanal fishers from the fishing community of Itapissuma. From the collection and analysis of the compiled information, we sought to produce an original proposal for systematization in the unique way in which these people build strategies to fight capitalism, colonialism and patriarchy.
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Número de páginas: 15
- TALITA MARIA SOARES DA SILVA
