O presente trabalho tem como objetivo chamar a atenção para a necessidade de incluir a zona rural do município de Açailândia na discussão do Plano Diretor com a participação dos/as agricultores/as familiares e de toda a população rural. O artigo tem três partes, iniciando com uma breve memória de como se deu a concentração de terras nas mãos da elite brasileira, seguindo com a discussão sobre a função social da terra e a sua relação com o plano diretor na disputa entre a agricultura familiar e o avanço do agronegócio, apoiado na logística da mineração. A segunda parte traz o relato de uma região de assentamentos e de uma comunidade limítrofe entre a zona urbana e rural impactadas pelo monocultivo e atividades ligadas à mineração e suas perspectivas com o plano diretor. A última parte traz a perspectiva sistêmica do plano diretor no território.