PANORAMA DO TRAUMA DURANTE O NASCIMENTO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2009 A 2018: UM ESTUDO ECOLÓGICO DE SÉRIE TEMPORAL
INTRODUÇÃO: o trauma durante
o nascimento é caracterizado por lesões
decorrentes da troca de energia que atinge os
tecidos dos recém-nascidos no parto ou através
das manobras necessárias para os cuidados
neonatais. O avanço das técnicas obstétricas e
tem colaborado para a redução da prevalência
do trauma durante o nascimento, no entanto,
algumas manobras ainda utilizadas no momento
do parto contribuem para que este evento ainda
seja registrado em todo mundo. OBJETIVO:
estimar a prevalência de internações por
trauma durante o nascimento no Brasil, no
período de 2009 a 2018. METODOLOGIA:
trata-se de estudo epidemiológico, quantitativo,
documental, classificado como ecológico de
série temporal, que analisa as internações por
trauma durante o nascimento entre 2009 e
2018, tendo como unidade amostral o Brasil.
RESULTADOS: 7882 internações e 251
óbitos por trauma durante o nascimento foram
registrados no período. Embora o número
de eventos tenha variado ao longo da série
histórica, não foi percebido crescimento ou
decrescimento regular no número total de
agravos registrados. As regiões Centro-oeste
e Sudeste foram as que apresentaram as maiores prevalências e a Nordeste o maior número de óbitos. As internações e óbitos
por trauma no nascimento foram maiores quando de caráter de urgência, no sexo
masculino e nos recém nascidos de cor parda. CONCLUSÃO: o trauma durante o
nascimento é mais prevalente na região Centro-oeste do Brasil, apresentando maior
proporção nos casos de caráter de urgência, do sexo masculino e de cor/raça parda.
O número de óbitos decorrentes destes eventos seguiu o mesmo padrão, à exceção
da variável região, considerando ter sido maior na região Nordeste. Novas pesquisas
deverão ser realizadas para verificação dos resultados e hipóteses apresentados, de
modo que seja possível ampliar o número de evidências necessárias à formulação de
políticas públicas para o controle deste relevante problema de Saúde Pública.
PANORAMA DO TRAUMA DURANTE O NASCIMENTO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2009 A 2018: UM ESTUDO ECOLÓGICO DE SÉRIE TEMPORAL
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DOI: 10.22533/at.ed.17720110218
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Palavras-chave: Trauma. Trauma Durante o Nascimento. Saúde Pública.
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Keywords: Trauma. Trauma During Birth. Public Health.
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Abstract:
INTRODUCTION: Trauma during birth is characterized by injuries
resulting from the energy exchange that affects newborn tissues at birth or through
the maneuvers necessary for neonatal care. The advancement of obstetric techniques
and has contributed to reducing the prevalence of trauma during birth, however, some
maneuvers still used at delivery contribute to this event still being recorded worldwide.
GOAL: Estimate the prevalence of hospitalizations for trauma during birth in Brazil, from
2009 to 2018. METHODOLOGY: This is an epidemiological, quantitative, documentary
study, classified as ecological of time series, which analyzes hospitalizations for
trauma during birth between 2009 and 2018, with Brazil as the sample unit. RESULTS:
7882 hospitalizations and 251 deaths from trauma during birth were recorded in the
period. Although the number of events varied over the historical series, there was no
regular growth or decrease in the total number of injuries registered. The Midwest
and Southeast regions had the highest prevalence and the Northeast had the highest
number of deaths. Hospitalizations and deaths due to trauma at birth were higher when
urgente, in males and in newborns of brown color. CONCLUSION: Trauma during birth
is more prevalente in the Midwest region of Brazil, presenting a higher proportion in
cases of urgency, male and color/race brown. The number of deaths resulting from
these events followed the same pattern, except for the region variable, considering that
it was higher in the Northeast region. Further research should be conducted to verify
the results and hypotheses presented, so that it is possible to expand the number of
evidences needed to formulate public policies to control this relevant Public Health
problem.
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Número de páginas: 16
- Rebeca Ataide de Cerqueira
- Taline Caetano Teixeira Alves
- Thiago Barbosa Vivas
- Paula Pitanga Galvão de Carvalho