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PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS E RADIOLÓGICOS DA OTOSCLEROSE: UM ESTUDO RETROSPECTIVO

A otosclerose é uma das principais causas de surdez em adultos, sendo caracterizada por osteodistrofia primária da cápsula ótica e perda auditiva neurossensorial. Mesmo a Tomografia Computadorizada (TC) sendo o exame de escolha, os achados podem ser sutis, uma vez que o conhecimento dos seus padrões radiológicos pode evitar subdiagnóstico. Partindo de pacientes com clínica compatível, foi feito um levantamento do comportamento epidemiológico e radiológico em uma instituição de saúde pública brasileira, comparando-o com dados de literatura disponíveis, visando aumentar acurácia diagnóstica. Foram selecionados 31 pacientes com clínica e achados tomográficos compatíveis, sendo feita revisão de todas as imagens e laudos correspondentes. Como havia suspeita clínica de otosclerose em ambas as mastoides dos 31 indivíduos estudados, mesmo que a evidência na TC fosse apenas unilateral, ambos os ossos petrosos (62 no total) foram incluídos. Foram avaliados parâmetros como idade, sexo e lateralidade. A doença foi graduada usando a Classificação de Symons e Fanning: grau 1, exclusivamente fenestral; grau 2, doença coclear localizada irregular, com ou sem envolvimento fenestral, e extensão para o giro coclear basal ou giro médio/apical ou ambos os giros basal e médio/apical; grau 3, envolvimento coclear confluente difuso com ou sem envolvimento fenestral. Houve maior prevalência no sexo feminino (65%), além de acometimento bilateral (54%) e em pacientes na 4ª década de vida (36%), seguido de pacientes na 5ª década (23%) e 3ª década (19%). Das 62 TCs avaliadas, 48 tinham achados de osteodistrofia primária da cápsula ótica, sendo que otosclerose grau 1 foi a mais frequente (62%), seguido pelo grau 2 (24%) e, menos comum, grau 3 (12%). Tais dados condizem com a literatura atual. Considerando que os achados da otosclerose podem ser tênues, apesar de clínica compatível, o estudo do perfil epidemiológico e radiológico demonstra-se uma ferramenta útil para melhorar a acurácia diagnóstica.
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PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS E RADIOLÓGICOS DA OTOSCLEROSE: UM ESTUDO RETROSPECTIVO

  • DOI: 10.22533/at.ed.1122309111

  • Palavras-chave: otosclerose; cápsula ótica; perda auditiva; fenestral; cóclea

  • Keywords: Otosclerosis; otic capsule; hearing loss; fenestral; cochlea

  • Abstract: Otosclerosis is one of the main causes of deafness in adults, characterized by primary osteodystrophy of the otic capsule and sensorineural hearing loss. Even though Computed Tomography (CT) is the exam of choice, the findings can be subtle, since knowledge of radiological patterns can avoid underdiagnosis. Starting from patients with compatible clinics, a survey of the epidemiological and radiological behavior was carried out in a Brazilian public health institution, comparing it with available literature data, aiming to increase diagnostic accuracy. Thirty-one patients with compatible clinical and tomographic findings were selected, and all images and corresponding reports were reviewed. As otosclerosis was clinically suspected in both mastoids of the 31 individuals studied, even if the CT evidence was only unilateral, both petrosal bones (62 in total) were included. Parameters such as age, sex and laterality were evaluated. The disease was graded using the Symons and Fanning Classification: grade 1, exclusively fenestral; grade 2, patchy localized cochlear disease, with or without fenestral involvement, and extension to the basal cochlear gyrus or middle/apical gyrus or both basal and middle/apical gyri; grade 3, diffuse confluent cochlear involvement with or without fenestral involvement. There was a higher prevalence in females (65%), in addition to bilateral involvement (54%) and in patients in the 4th decade of life (36%), followed by patients in the 5th decade (23%) and 3rd decade (19%). Of the 62 CT scans evaluated, 48 had findings of primary osteodystrophy of the otic capsule, with grade 1 otosclerosis being the most common (62%), followed by grade 2 (24%) and, less common, grade 3 (12%). Such data are consistent with current literature. Considering that the findings of otosclerosis may be tenuous, despite clinically compatible, the study of the epidemiological and radiological profile proves to be a useful tool to improve diagnostic accuracy.

  • Renan Machado Martins
  • Débora Goerck
  • Vitor Oliveira Machado
  • Daniela Pereira de Azevedo
  • Danilo Alvin de Paiva Gonçalves Filho
  • Felipe Andrade de Paula
  • Brainner Vinnicius Campos Barbosa
  • Thiago Oliveira Costa
  • Isabela de Freitas Dias
  • Rafael Oliveira de Sousa
  • André Luiz Porto Bizinoto
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