OSTEOTOMIA PÉLVICA PARA TRATAMENTO DAS EXTROFIAS DE BEXIGA: APLICABILIDADE E TÉCNICAS
INTRODUÇÃO: A extrofia de bexiga, também conhecida como extrofia vesicular é caracterizada por malformação genitourinárias associada a problemas nas paredes dos músculos abdominais, estruturas pélvicas e, ocasionalmente, na coluna e ânus. De maneira geral, a cirurgia tem como objetivo o fechamento da bexiga e a reconstrução do colo vesical e da uretra com a correção da epispádia, permitindo um aumento da resistência uretral e das taxas de continência, além de oferecer um resultado funcional e estético. Ainda que as abordagens cirúrgicas possibilitem melhorar a funcionalidade e estética, restam questões em aberto. Dessa forma, o objetivo do atual estudo é elucidar a aplicabilidade e as técnicas da osteotomia pélvica para tratamento das extrofias de bexiga.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura acerca da produção científica nacional e internacional a respeito da utilização de osteotomia no tratamento de extrofias vesicais. Esta, foi orientada por seis etapas. A seleção dos artigos foi realizada através de diversas bases de dados, a saber: Scielo, Google Acadêmico, PubMed e Lilacs e a apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos foi feita de forma descritiva, possibilitando atingir o objetivo desse método, ou seja, compendiar os achados sobre aplicabilidade e técnica.
RESULTADOS: O tratamento atual dita o fechamento da bexiga precocemente, nos primeiros dias de vida, onde se realiza também o fechamento da parede abdominal associado ou não à osteotomia do osso inominado. A realização da osteotomia pélvica concomitantemente ao fechamento do defeito urológico, entretanto, é benéfica para o desenvolvimento de marcha do paciente, prevenção de artrose da articulação do quadril e facilitação do procedimento urológico. Outras técnicas talvez sejam descritas no futuro para a correção de todas as alterações presentes em pacientes com extrofia de bexiga, porém a osteotomia pélvica é o procedimento de maior consenso atual, trazendo benefícios na correção do fechamento das extrofias. Isso ocorre porque a anatomia pélvica está alterada nesses pacientes. A osteotomia anterior bilateral representa uma das opções mais consagradas. A osteotomia posterior dos ossos ilíacos descrita por O’Phelan e utilizada no tratamento da extrofia de bexiga é uma técnica de grande popularidade e consagrada pela literatura quanto aos resultados proporcionados.
CONCLUSÕES: Segundo estudos recentes, entretanto, a aplicabilidade da osteotomia pélvica pode visar a redução diástase encontrada nesses pacientes e permitir o fechamento da bexiga e parede abdominal com maior qualidade e controle de complicações.
PALAVRAS-CHAVE: Extrofia de bexiga. Osteotomia pélvica. Tratamento.
OSTEOTOMIA PÉLVICA PARA TRATAMENTO DAS EXTROFIAS DE BEXIGA: APLICABILIDADE E TÉCNICAS
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DOI: 10.22533/at.ed.4162222113
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Palavras-chave: Extrofia de bexiga. Osteotomia pélvica. Tratamento.
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Keywords: Bladder exstrophy. Pelvic osteotomy. Treatment.
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Abstract:
INTRODUCTION: Bladder exstrophy, also known as vesicular exstrophy, is characterized by genitourinary malformations associated with problems in the walls of the abdominal muscles, pelvic structures and, occasionally, in the spine and anus. In general, the surgery aims to close the bladder and reconstruct the bladder neck and urethra with the correction of epispadias, allowing an increase in urethral resistance and continence rates, in addition to offering a functional and aesthetic result. Although surgical approaches make it possible to improve functionality and aesthetics, open questions remain. Thus, the aim of the current study is to elucidate the applicability and techniques of pelvic osteotomy for the treatment of bladder exstrophies. METHODOLOGY: This is a narrative review study of the literature about national and international scientific production regarding the use of osteotomy in the treatment of bladder exstrophies. This was guided by six steps. The selection of articles was carried out through several databases, namely: Scielo, Google Scholar, PubMed and Lilacs and the presentation of the results and discussion of the data obtained was done in a descriptive way, making it possible to achieve the objective of this method, that is, compend the findings on applicability and technique. RESULTS: The current treatment dictates the early closure of the bladder, in the first days of life, when the abdominal wall is also closed with or without osteotomy of the innominate bone. The performance of pelvic osteotomy concomitantly with the closure of the urological defect, however, is beneficial for the development of the patient's gait, prevention of arthrosis of the hip joint and facilitation of the urological procedure. Other techniques may be described in the future for the correction of all changes present in patients with bladder exstrophy, but pelvic osteotomy is the procedure with the greatest current consensus, bringing benefits in correcting the closure of exstrophies. This is because the pelvic anatomy is altered in these patients. Bilateral anterior osteotomy represents one of the most established options. The posterior osteotomy of the iliac bones described by O'Phelan and used in the treatment of bladder exstrophy is a technique of great popularity and established in the literature regarding the results provided. CONCLUSIONS: According to recent studies, however, the applicability of pelvic osteotomy may aim to reduce diastasis found in these patients and allow for better quality bladder and abdominal wall closure and control of complications.
KEYWORDS: Bladder exstrophy. Pelvic osteotomy. Treatment.
- Larissa Mateus Nascimento Lima
- Sebastião Duarte Xavier junior
- Izailza Matos Dantas Lopes
- Laíse Andrade Oliveira
- Gabriel Francisco Vieira Nascimento
- Iara Victória dos Santos Moura
- Jamylle Catarina Passos Carregosa
- Gabriel Santos Pinheiro Carvalho
- Jorge Rhailan Pacifico Sierau
- Isabella Bittencourt Oliveira Nascimento
- Arthur Oliveira da Cruz
- Enzo Janólio Cardoso Silva