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Os Monastérios e os Manuscritos Iluminados na Alta Idade Média

Os manuscritos iluminados são livros que contém imagens, denominadas iluminuras, em suas páginas. Eles se popularizaram na Idade Média de forma a, atualmente, se caracterizarem por serem a principal fonte de imagens do medievo que sobreviveram às marcas do tempo. Nesse capítulo, buscamos apresentar a materialidade desses objetos ao leitor, com um especial foco nas condições que possibilitaram seu surgimento e sua utilização no decorrer da Idade Média. Para isso, verticalizamos a discussão nos anos formadores do Ocidente Medieval, a chamada Alta Idade Média, que compreende dos séculos V ao X. Foi nesse contexto que esse tipo de manuscrito passou a ser valorizado como uma forma de devoção que ultrapassava a função primária de armazenamento de conhecimento, característica dos livros em geral. Algo que é inseparável dos locais em que eram feitos e em que seriam utilizados: os monastérios. Eles eram os centros culturais do Ocidente durante a Alta Idade Média, e, como tais, eram detentores da grande maioria dos manuscritos iluminados que circulavam na Europa. Toda a confecção do manuscrito era concentrada no interior do claustro, com o trabalho feito integralmente pelos monges que ali habitavam. Defendemos, com isso, que a forma e as características essenciais que definem um manuscrito iluminado são inseparáveis das localidades em que eram feitos e nas quais seriam utilizados.
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Os Monastérios e os Manuscritos Iluminados na Alta Idade Média

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.647112526025

  • Palavras-chave: Monastérios; Iluminuras; Códice

  • Keywords: Monasteries; Illumination; Codex

  • Abstract: Illuminated manuscripts are books with images, that are called illuminations, among its pages. They were made popular during the medieval times in such a way that, today, they are known as the main sources of medieval images to have survived the passing of time. In this chapter, we seek to present the reader with the materiality of such objects, focusing especially on what allowed their existence and usage during the Middle Ages. To do so, we stayed within the barriers of the early years of Medieval Europe, known as the Early Middle Ages, from the 5th to the 10th centuries. It was during this period that this type of manuscript got to be valued as a means for devotion that went beyond the primary book function of knowledge storage.  This development is inseparable from the places where they were made and for where they were meant to be used: the monasteries. They were Europe's cultural centres during the Early Middle Ages and, as such, had most of the existing illuminated manuscripts within their walls. All processes of the confection of a manuscript happened inside them, by the monks that lived there. We claim, therefore, that the definition of what is an illuminated manuscript is inseparable from the places where they were made and for where they would be read.

  • Giovanni Bruno Alves
  • Jaime Estevão dos Reis
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