Devido à transição demográfica impulsionada pelos avanços tecnológicos, científicos, médicos e melhorias no saneamento básico, tem-se testemunhado um notável aumento na população de indivíduos com 60 anos ou mais, conduzindo a uma inversão da pirâmide etária. Essa reconfiguração demográfica tem sido concomitantemente acompanhada pelo crescimento dos custos relacionados à saúde, decorrente da suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas, além das psicopatologias, com destaque ao transtorno depressivo. Nesse contexto, objetivou-se investigar, por meio de revisão de literatura, os fatores associados à incidência do transtorno depressivo em idosos. Para atingir tal escopo, foi empregado o método de revisão integrativa. As buscas dos artigos elegíveis foram conduzidas nas seguintes bases de dados: PubMed; Scielo; Web of Science e LILACS, com os descritores “Idosos”, “Depressão”, “Prevenção” e “Qualidade de vida”. As seleções dos artigos ocorreram na modalidade duplo certo através do Rayyan. Os critérios de inclusão adotados compreendem: 1) Amostras constituídas por pessoas idosas com e sem o diagnóstico de depressão; 2) Estudos transversais, de coorte ou caso-controle; 3) Abordagens quantitativas conduzidas no território brasileiro e; 4) Publicações entre 2016 a 2022. Com isso, foram encontrados 342 artigos e, no total, 8 artigos atenderam os critérios e foram incluídos. Destes 8 artigos, verificou-se a existência de alguns fatores diretamente associados à incidência do transtorno depressivo em idosos, sejam estes institucionalizados ou não. Tais como: perda de independência nas atividades diárias com diminuição da capacidade funcional nas Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e com declínio cognitivo, autopercepção negativa da saúde, qualidade de sono ruim e sedentarismo, disfunção familiar moderada ou grave, sexo feminino, não casados, etc. Por outro lado, atividades como a participação em grupos de convivência, 6 Professor orientador: Doutora do Curso de Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, [email protected]. 5 Graduanda pelo Curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, [email protected]; 4 Mestranda pelo Programa de Pós Graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN; 3 Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, 2 Especialista em Preceptoria em Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, [email protected] 1 Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, [email protected]; prática de exercícios físicos, apoio e suporte familiar revelaram-se como fatores protetivos contra estes sintomas