OS EFEITOS DA PANDEMIA E AS MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
O presente capítulo é um estudo teórico e reflexivo sobre as mudanças no comportamento alimentar durante a pandemia de COVID-19, em especial, a compulsão alimentar. Dentre as principais orientações das autoridades e organizações de saúde para o controle da disseminação do vírus SARS-CoV-2 estão o distanciamento físico, isolamento social, uso de máscaras, higienização das mãos com água e sabão ou álcool 70%. Dessa forma, o contexto pandêmico e suas consequências provocaram modificações nas diversas esferas da vida. O distanciamento físico e o isolamento social, por um período prolongado, são medidas que acabam por afetar nossa saúde mental e nosso estado emocional. Nesse cenário de imprevisibilidade, os sentimentos de medo, ansiedade, estresse e insegurança tornam-se aflorados, seja pelo medo de se contaminar, perder algum ente querido, perder o trabalho, etc. Somadas a essas questões, destacamos a necessidade de adaptação frente à nova rotina, a divisão de tempo e dedicação entre o trabalho, a educação dos filhos, as atividades domésticas e os cuidados com a alimentação. Pesquisas apontam para uma relação direta entre ansiedade e compulsão alimentar e, nesse momento em que a obtenção de prazer está limitada, recorremos àquilo que temos de modo mais próximo e de fácil acesso – a comida. Esta que se torna um escape para as situações de ansiedade e estresse. O prazer e sentimento de alívio imediato proporcionados pelo ato de comer podem gerar um ciclo vicioso, pois assim que a sensação de bem-estar cessar, o indivíduo tende a buscar novamente aquela fonte geradora de “felicidade”. Nesse sentido, discutimos as transformações dos hábitos alimentares e a compulsão alimentar durante a pandemia, o papel da psicologia e da nutrição diante dessa nova demanda e possíveis estratégias de cuidado.
OS EFEITOS DA PANDEMIA E AS MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
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DOI: 10.22533/at.ed.6372107072
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Palavras-chave: Comportamento alimentar; compulsão alimentar; psicologia; nutrição; pandemia.
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Keywords: Eating behavior; binge eating; psychology; nutrition; pandemic.
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Abstract:
This chapter is a theoretical and reflective study on changes in eating behavior during the COVID-19 pandemic, in particular, binge eating. Among the main guidelines of health authorities and organizations for controlling the spread of the SARS-CoV-2 virus are physical distance, social isolation, use of masks, hand hygiene with water and soap or alcohol 70%. Thus, the pandemic context and its consequences caused changes in the various spheres of life. Physical distance and social isolation, for a prolonged period, are measures that end up affecting our mental health and our emotional state. In this scenario of unpredictability, the feelings of fear, anxiety, stress and insecurity become apparent, whether due to the fear of being contaminated, losing a loved one, losing work, etc. In addition to these issues, we highlight the need to adapt to the new routine, the division of time and dedication between work, the education of children, domestic activities and care with food. Research points to a direct relationship between anxiety and binge eating and, at this time when the attainment of pleasure is limited, we resort to what we have in a closer and easily accessible way - food. This becomes an escape for situations of anxiety and stress. The pleasure and feeling of immediate relief provided by the act of eating can generate a vicious cycle, because as soon as the feeling of well-being ceases, the individual tends to seek again that source that generates “happiness”. In this sense, we discussed the changes in eating habits and binge eating during the pandemic, the role of psychology and nutrition in the face of this new demand and possible care strategies.
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Número de páginas: 15
- Izadora Oliveira Felez
- Jaqueline Fernandes Carneiro
- Karoline Dick
- Ketlin Fernanda Lazzarotto
- Letícia Costa Molinari
- Maria Angelica Stimer
- Mariana Becker Domingues
- Sabrina Thais de Rosso Foltz
- Marita Pereira Penariol
