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Os Desafios da Educação em Direitos Humanos no Fortalecimento da Democracia

O presente ensaio reflete sobre o estado da arte das democracias na contemporaneidade e, em particular, na América Latina, caracterizando-as como de baixa intensidade e dá ênfase à necessidade de se lutar por democracias de alta intensidade. Aponta a Educação em Direitos Humanos como importante mediação para a construção de democracias com mais qualidade, bem como um processo voltado à formação dos sujeitos de direito, além de ser um espaço pedagógico e político de resistência e re-existência. Destaca a importância das perspectivas intercultural crítica e decolonial na abordagem desse processo. A partir desses princípios, sistematiza e articula quatro núcleos de capacidades cidadãs: saber ver e escutar com o coração - visão profunda; saber reconhecer - letramento étnico-racial; saber conhecer - contar outras histórias e afirmar a representação e a participação - construção de diferentes âmbitos de justiça. Afirma que a democracia é uma construção e um exercício constante e que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Um caminho que dá ênfase à educação em direitos humanos, intercultural crítica e decolonial, na perspectiva de contribuir para a transformação das realidades de injustiça, opressão, violência, desigualdade, exclusão, invisibilidade, em possibilidades e realidades de VIDA com enfoques e práticas orientados no sentido de desenvolver as referidas capacidades cidadãs. Conclui ressaltando que é preciso estar “lutando sempre até que a dignidade se faça costume”, como proclama Jacinta Francisco Marcial, uma mulher indígena do povo Hñáhñú do México.

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Os Desafios da Educação em Direitos Humanos no Fortalecimento da Democracia

  • DOI: 10.22533/at.ed.5722302082

  • Palavras-chave: Democracias - Educação em Direitos Humanos - Interculturalidade Crítica - Decolonialidade - Capacidades Cidadãs

  • Keywords: Democracies - Human Rights Education - Critical Interculturalism - Decoloniality - Citizen Capabilities

  • Abstract:

    This essay reflects about the art situation of democracies in contemporary times, especially in Latin American. They are considered low intensity ones and focus the need to fight for high intensity democracies. It points Human Rights education as an important mediation for the construction of democracies with more quality and a process directed to right subjects’ formation. It is also a pedagogic and political space of resistance and re-existence. It highlights the importance of critical and decolonial intercultural perspectives in approaching this process. From these principles, it systematizes and articulates four cores citizen capacities: knowing how to see and hear with the heart - deep vision; knowing how to recognize - ethno-racial literacy; knowing how to know - telling other stories and state representation and participation - construction of different justice contexts. It states that democracy is a construction and a continuous exercise and that there is a long way to go. A way that focuses the human rights education, critical and decolonial intercultural education, to contribute to turn realities of injustice, oppression, violence, inequality, exclusion, invisibility, into possibilities and realities of LIFE, with approaches and practices directed to the development of these citizen capabilities. It finishes highlighting the need of keeping “always fighting till dignity becomes customary”, as proclaimed Jacinta Francisco Marcial, an Indigenous woman from the Hñáhñú people in Mexico.

  • susana beatriz sacavino
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