No presente texto discute se o corpo na escola sob a lente da dança. Configuramos como um espaço por excelência para se compreender o corpo na sociedade atual, um corpo diverso, polissêmico e multifacetado, mas, que se revela violentado e controlado pelo não reconhecimento, ou invisibilidade nas diversos espaços onde ocorrem as interações sociais. Dessa maneira, apresentamos a dança um lócus onde são vivenciadas essas tensões, assim como, possibilidade de viver a experiência de “ ser corpo” e não “ter corpo” este último como instrumentalizado para atender um determinado padrão social. Caracterizase como uma investigação qualitativa, onde utilizaremos o paradigma fenomenológico, através da trajetória do fenômeno situado. O aporte teórico-conceitual privilegiará as reflexões sobre corpo em Merleau-Ponty e o ensino da dança em Laban. O objetivo do estudo é verificar a inserção do conteúdo dança nas aulas de Educação Física na escola e propor uma metodologia que atenda à diversidade de corpos, bem como, a temas emergentes desse corpo em movimento na sociedade. Apresentase reflexões a partir de dados levantados através de aplicação de Diagnóstico Rápido Participativo( DRP) com 48 alunos do ensino médio do colégio de aplicação da Universidade Federal do Maranhão, na cidade de São Luís- MA. a partir de questionamentos sobre como sentir-se ou não sentir-se como corpos dançantes na escola. Entende- se que na dança (e não somente na dança), todo corpo é livre para arriscar-se nessa linha tênue que é a comunicação consigo mesmo, com o outro e com o mundo. Permitindo-se ao mesmo tempo transformar-se e transformar o outro e o seu ambiente. Deve-se reaprender sobre a dança e sobre o corpo, como uma linguagem que pode e deve ser desenvolvida para promover a inclusão por meio do discurso de corpo singular e plural.