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capa do ebook Oliveira, a antiga arte de não morrer de fome nem de sede: estudos no Baixo Alentejo

Oliveira, a antiga arte de não morrer de fome nem de sede: estudos no Baixo Alentejo

O fecho dos estomas como reacção à carência hídrica constitui uma ferramenta de controlo das perdas de água, contribuindo para a parcimónia no consumo e sobrevivência da planta. Porém, tem como consequências não só a redução das trocas por fotossíntese e consequente produção de fotoassimilados, como a redução do necessário arrefecimento evaporativo das folhas. Trata-se de uma difícil equação em ambientes adversos como os de muitas regiões de clima mediterrânico ou semiárido. Ensaios em vários olivais na região de Beja sugerem que outra estratégia para gerir a escassez de água, como a do aumento dos recursos hídricos pelas oliveiras, é importante neste contexto edafo-climático, muito contribuindo para que sobrevivam e produzam. Trata-se da expansão e dinâmica do sistema radicular em que os resultados experimentais são consistentes em três diferentes aspectos que ilustram esta capacidade. Primeiro, o seguimento da absorção radicular durante três anos, por meio da análise da dinâmica da água no solo sugere uma colonização do solo extensa no plano horizontal. Segundo, os resultados da medição de fluxo de seiva em raízes, em direcções opostas, por dois métodos independentes, sugerem não só a exploração extensa também no plano vertical, nos dois casos para além da evidência obtida por observação visual directa, como o papel da redistribuição hidráulica como estratégia de gestão. Em terceiro lugar, estimativas do balanço hídrico do solo a partir do teor de água no solo, em confronto com as medições do uso da água, sugerem uma extensão do sistema radicular acima do que é frequentemente considerado. Este facto é corroborado pelo valor dos parâmetros das funções de stress obtidas, que se afastam dos sugeridos em alguns manuais. Um consumo moderado, uma redução moderada da condutância estomática sobretudo em condições de comportamento iso-hídrico, folhas pequenas e reflectoras, são outras características físicas analisadas que contribuem para o sucesso.

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Oliveira, a antiga arte de não morrer de fome nem de sede: estudos no Baixo Alentejo

  • DOI: 10.22533/at.ed.01421291119

  • Palavras-chave: Olea europaea, Mediterrâneo, sobrevivência, sistema radicular, modelação

  • Keywords: -

  • Abstract:

    -

  • Número de páginas: 9

  • Maria Isabel Ferreira
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