OFICINAS DE ESTUDO: UM PONTO DE ENCONTRO ENTRE PIAGET, VIGOSTSKI, ROGERS, AUSUBEL,GARDNER, MORIN E FREIRE
O cenário de transformações constantes e fluidez que caracteriza o século XXI requer uma educação que leve os alunos à atividade, para desenvolvimento de suas habilidades e autonomia. Há um acordo sobre essa necessidade no plano teórico, observando as contribuições de diversas concepções educacionais. Um caminho buscado nessa direção são as metodologias de aprendizagem ativa, cuja superioridade didática frente às aulas expositivas já foi validada empiricamente. Uma dessas metodologias, as Oficinas de Estudo, foi alvo de um estudo recente realizado na cidade de São Paulo com 1.102 alunos da rede pública estadual, vindo a constatar sua aceitação massiva da parte dos alunos. Tal didática procura instruir os alunos sobre como estudar a partir de um método de estudo intuitivo, utilizando os conteúdos programáticos ususais para esse fim e sendo aplicável em todas as disciplinas. O presente artigo investiga de que forma a didática Oficinas de Estudo pode fazer justiça às contribuições de diversos teóricos consagrados e seus conceitos-chave: o construtivismo de Piaget, o educador como mediador em Vigostski e como facilitador em Rogers, a aprendizagem significativa em Ausubel, a teoria das inteligências múltiplas de Gardner, o conceito de complexidade de Morin e, finalmente, a concepção de educação problematizadora de Freire. Busca-se, com isso, compreender o que motivou os resultados positivos do estudo citado. Conclui-se que, em sua simplicidade, as Oficinas estão em sintonia com tais concepções pedagógicas por levar os alunos à atividade nas ocasiões de aprendizagem e os professores a uma postura mais colaborativa e próxima aos alunos, seja do ponto físico, cognitivo ou emocional.
OFICINAS DE ESTUDO: UM PONTO DE ENCONTRO ENTRE PIAGET, VIGOSTSKI, ROGERS, AUSUBEL,GARDNER, MORIN E FREIRE
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DOI: 10.22533/at.ed.5092228013
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Palavras-chave: Didática; Autonomia; Aprendizagem ativa; Oficinas de Estudo; Freire.
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Keywords: Didactics; Autonomy; Active learning; Study Workshops; Freire
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Abstract:
The scenario of constant changes and fluidity that characterizes the 21st century requires an education that takes students to activity, to develop their skills and autonomy. There is agreement on this need at the theoretical level, observing the contributions of different educational conceptions. One path pursued in this direction are active learning methodologies, whose didactic superiority over lecture classes has already been empirically validated. One of these methodologies, the Study Workshops, was the subject of a recent study carried out in the city of São Paulo with 1,102 students from the state public network, which has confirmed its massive acceptance by the students. Such didactics seeks to instruct students on how to study from an intuitive study method, using the usual syllabus for this purpose and being applicable in all subjects. This article investigates how the didactic Study Workshops can do justice to the contributions of several renowned theorists and their key concepts: Piaget's constructivism, the educator as mediator in Vigostsky and as a facilitator in Rogers, meaningful learning in Ausubel, Gardner's theory of multiple intelligences, Morin's concept of complexity and, finally, Freire's concept of problematizing education. Thus, the aim is to understand why the results of the aforementioned study are so positive. It is concluded that, in their simplicity, the Study Workshops are in accordance with such pedagogical conceptions by taking students to the activity in learning occasions and teachers to a more collaborative posture and closer to the students, whether from a physical, cognitive or emotional point of view.
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Número de páginas: 15
- Fábio Cantergiani Ribeiro Mendes