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capa do ebook OCORRÊNCIA DE INTOXICAÇÃO PELO FUNGO Ramaria flavo-brunnescens EM BOVINOS NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ

OCORRÊNCIA DE INTOXICAÇÃO PELO FUNGO Ramaria flavo-brunnescens EM BOVINOS NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ

No início do outono do ano de 2015,

86 bovinos de cria, foram manejados para

uma área de sistema silvipastoril (consórcio

marandu e Eucalyptus sp) com 45,6 hectares

e sem divisão. Quatro dias após a entrada na

pastagem, observaram-se dois animais com

perda da extremidade da cauda, e quatro

dias após, mais quatro animais apresentaram

a mesma lesão, totalizando seis animais

afetados. Nenhum outro sinal clínico foi

observado nos animais acometidos. O quadro

clínico foi sugestivo do mal do eucalipto. Neste

momento optou-se por retirar os animais desta

pastagem e não houve mais casos novos. Os

animais acometidos foram tratados, por 3 dias,

com tintura de iodo a 10% para a cauterização

dos tecidos vivos e hemorrágicos e, após este

período, 2 animais que ainda apresentavam

hemorragias recorrentes, passaram por um

processo de caudectomia parcial. Em Sistemas

Silvipastoris com o Eucalyptus sp, ocorrem

as condições favoráveis para o crescimento

do fungo Ramaria flavo-brunnescens e a sua

ingestão é responsável pela doença do “mau

do eucalipto”. O seu princípio tóxico continua

desconhecido, mas o mecanismo proposto

é semelhante ao que acontece nos casos de

ergotismo, apresentando sinais clínicos de

hiperemia na borda casco e conjuntiva ocular,

hifema e opacidade da córnea, arrasamento

do epitélio lingual, além da perda dos pelos ou

queda da extremidade da cauda. Atualmente,

os sistemas integrados de produção, como o

silvipastoril, vêm se difundindo grandemente

por todo o Brasil, e o mau do eucalipto pode vir

a aparecer em regiões onde não havia relatos

de sua ocorrência.

 

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OCORRÊNCIA DE INTOXICAÇÃO PELO FUNGO Ramaria flavo-brunnescens EM BOVINOS NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ

  • DOI: 10.22533/at.ed.53819240519

  • Palavras-chave: Intoxicação; Ramaria flavo-brunnescens, cogumelo tóxico, sistema silvipastoril

  • Keywords: Intoxication; Ramaria flavo-brunnescens, toxic mushroom, silvipastoris systems.

  • Abstract:

    At the of the fall of 2015, 86 breeding cattle were managed for an area

    of silvopastoral system (Marandu consortium and Eucalyptus sp) with 45.6 hectares

    and no division. Four days after entering the pasture, two animals with loss of the

    tail end were observed, and four days later, four animals presented the same lesion,

    totaling six affected animals. No other clinical signs were observed in the affected

    animals. Clinical signs are suggestive of intoxication by Ramaria flavo-brunnescens.

    At the moment it was decided to remove the animals from this pasture and there were

    no new cases. The affected animals were treated for 3 days with 10% iodine tincture

    for the cauterization of the living and hemorrhagic tissues and, after this period, 2

    animals that still had recurrent hemorrhages underwent a partial caudectomy process.

    In Silvipastoris Systems with Eucalyptus sp, the favorable conditions for the growth of

    the fungus Ramaria flavo-brunnescens occur and its ingestion is responsible for the

    poisoning. Its toxic principle remains unknown, but the proposed mechanism is similar

    to what happens in cases of ergotism, presenting clinical signs of hyperemia at the

    hull edge and conjunctiva ocular, hyphema and opacity of the cornea, lingual epithelial

    destruction, as well as loss of hair or fall of the tail end. Currently, integrated production

    systems, such as silvipastoril, have been spreading widely throughout Brazil, and

    eucalyptus malaria may appear in regions where there are no reports of its occurrence

  • Número de páginas: 15

  • Weverton Batista Leite
  • Rodrigo Toniolo Costa
  • Renato Toniolo Costa
  • Marcelo Alves da Silva
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