OBESIDADE E PROBIÓTICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Buscando entender a fisiopatologia da obesidade, caracterizada pela associação de fatores genéticos, ambientais e culturais, uma maior atenção tem sido dada à conexão entre microbiota intestinal e obesidade nos estudos atuais. A microbiota intestinal, então, vem sendo alvo para a terapêutica dessa doença e de outras doenças metabólicas. Busca-se, com esse estudo, aprofundar os conhecimentos sobre a relação entre microbiota intestinal e os aspectos envolvidos no tratamento da obesidade, com foco especial na ação dos probióticos. Para o desenvolvimento dessa revisão integrativa, foram considerados os artigos publicados em língua portuguesa, inglesa e espanhola, no período de 2015 a 2020, que apresentaram em sua discussão considerações sobre a relação entre microbiota intestinal, obesidade e perspectivas de tratamento voltadas para o uso de probióticos, indexados nas bases de dados Lilacs e Pubmed. Nota-se que há uma tendência, com o uso de probióticos, de diminuição no peso corporal, percentual de gordura corporal e IMC, além de melhora do perfil lipídico, glicídico e inflamatório e, especialmente, uma melhora significativa nas funções metabólicas a nível intestinal, como manutenção da barreira intestinal e produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), os quais atuam fortemente na proteção da microbiota intestinal. Há evidências de importante relevância sobre o papel dos probióticos, sendo os Lactobacillus e Bifidobacterium mais extensamente estudados e utilizados, tanto em humanos quanto em animais. Partindo desse pressuposto, entende-se que o uso de probióticos compreende uma alternativa efetiva no tratamento ou prevenção da obesidade, associado a terapia nutricional ou não.
OBESIDADE E PROBIÓTICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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DOI: 10.22533/at.ed.05121200812
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Palavras-chave: Obesidade. Microbioma Gastrointestinal. Probióticos. Terapia Nutricional.
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Keywords: Obesity. Gastrointestinal Microbiome. Probiotics. Nutritional Therapy.
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Abstract:
Seeking to understand the pathophysiology of obesity, characterized by the association of genetic, environmental, and cultural factors, greater attention has been given to the connection between intestinal microbiota and obesity in current studies. The intestinal microbiota has been a target for the treatment of this metabolic disease and other ones. This study seeks to go into the knowledge about the connection between intestinal microbiota and the aspects involved in the treatment of obesity, with a special focus on probiotics. For development of this integrative review, it was considered articles published in Portuguese, English and Spanish, from 2015 to 2020, which presented in their discussion considerations about the relationship between intestinal microbiota, obesity and treatment perspectives aimed at the use of probiotics, indexed in Lilacs and Pubmed. The use of probiotics seems to be a tendency for a decrease in body weight, percent body fat and BMI, in addition to an improvement in the lipid, glycemic and inflammatory profile and, especially a significant improvement in metabolic functions at the intestinal level, as maintenance of the intestinal barrier and production of short chain fatty acids (SCFA), which influences strongly in the protection of the gut microbiota. There is evidence of important relevance on the role of probiotics and Lactobacillus and Bifidobacterium are the most extensively studied and used, both humans and animals. Based on this assumption, it is understood that the use of probiotics comprises an effective alternative in the treatment or prevention of obesity, associated with nutritional therapy or not.
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Número de páginas: 14
- Ana Flávia dos Santos
- Camila Capucho de Macedo
- Marcos Roberto Costa Couto
- Luciane Vieira Garcia