O VALE DO RIO TAQUARI COMO ANTRO DE “NEONAZISMO”?
Formadores de opinião, autoridades e até cientistas sociais podem ser responsáveis pela difusão, no senso comum, de verdades supostamente incontestes, que, de fato, não foram submetidas a qualquer tipo de confirmação. Apresenta-se, aqui, um exemplo concreto de como uma autoridade brasileira de alto escalão, apoiada em parecer de uma técnica pericial com doutorado em Antropologia, se lançou a um processo de desnazificação da população de uma região, sob o argumento de que, por seus integrantes serem originários de “colonização germânica”, tinham uma “tendência” ao “neonazismo”.Formadores de opinião, autoridades e até cientistas sociais podem ser responsáveis pela difusão, no senso comum, de verdades supostamente incontestes, que, de fato, não foram submetidas a qualquer tipo de confirmação. Apresenta-se, aqui, um exemplo concreto de como uma autoridade brasileira de alto escalão, apoiada em parecer de uma técnica pericial com doutorado em Antropologia, se lançou a um processo de desnazificação da população de uma região, sob o argumento de que, por seus integrantes serem originários de “colonização germânica”, tinham uma “tendência” ao “neonazismo”.
O VALE DO RIO TAQUARI COMO ANTRO DE “NEONAZISMO”?
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DOI: 10.22533/at.ed.31621280619
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Palavras-chave: preconceitos étnicos; senso comum; ciências sociais
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Keywords: ethnic prejudices; common sense; social sciences
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Abstract:
Opinion leaders, authorities and even social scientists may be responsible for the dissemination of supposedly incontestable truths in the common sense, which, in fact, have not been subjected to any type of confirmation. This paper presents a concrete example of how a Brazilian authority, supported by the opinion of an expert with a PhD in Anthropology, launched a process of denazification of sectors of a population under the argument that, because its members were originally from "German background", they had a "tendency" to "neo-Nazism".
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Número de páginas: 16
- René Ernaini Gertz