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O USO DE CÉLULAS TRONCO COMO TERAPÊUTICA ADJUVANTE NO TRATAMENTO DE CÃES COM DISPLASIA COXOFEMORAL

A displasia coxofemoral caracteriza-se pelo desenvolvimento falho da articulação coxofemoral, determinada por graus de frouxidão dos tecidos moles ao seu redor, instabilidade, malformação da cabeça femoral e acetábulo, os quais viabilizam subluxação em idade precoce em cães. Apesar da transmissão hereditária e recessiva, fatores nutricionais, biomecânicos e ambientais podem piorar a condição da displasia. A agressão constante aos sinoviócitos causa hipertrofia, hiperplasia e, nos casos graves, necrose das vilosidades da membrana sinovial com aumento do líquido e pressão intra-articular proporcionando dor. Clinicamente a DCF acomete dois grupos de cães, os jovens, entre 4 e 12 meses de idade apresentam sinais agudos de afecção unilateral, com diminuição da atividade física, dor, claudicação dos membros pélvicos. Já os animais acima de 12 meses de idade apresentam alterações degenerativas da articulação, claudicação bilateral dos membros pélvicos após exercícios e atrofia da musculatura pélvica. Entretanto, em ambos podem incluir dificuldade para levantar-se e para subir e descer escadas, sinal de Ortolani positivo. O diagnóstico depende de evidências de frouxidão articular e alterações osteoartróticas e necessita de confirmação radiográfica feita no animal com no mínimo 12 meses, sendo o ideal aos 18 meses ou mais pois alguns animais só demonstram evidências radiográficas aos dois anos. O tratamento da DCF pode ser conservador, cirúrgico ou com células tronco. A eleição do mais adequado depende da idade do animal, do grau de displasia, e dos achados clínicos e radiográficos. O tratamento da DCF tem como objetivo aliviar o desconforto do animal, melhorar a funcionalidade articular e qualidade de vida do paciente e pode ser conservador, cirúrgico ou com células-tronco. O tratamento com células tronco é feito com a injeção intra-articular de células tronco mesenquimais e resulta em grandes efeitos terapêuticos, como melhora da dor e claudicação em pacientes com osteoartrites. Esse tratamento deve ser mais explorado por ser uma terapia inovadora para as afecções articulares apresentando uma vez que as CTM apresentam grande potencial terapêutico e habilidades regenerativas. A DCF não tem cura, mas o tratamento cirúrgico precoce resulta em melhorias quanto a função clínica aceitável em longo prazo, enquanto o tratamento conservador permite o retorno a uma função clínica aceitável com a maturidade. Entretanto, o prognóstico depende da idade do paciente, do grau de desconforto, dos achados radiográficos e físicos e das expectativas e finanças do tutor.

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O USO DE CÉLULAS TRONCO COMO TERAPÊUTICA ADJUVANTE NO TRATAMENTO DE CÃES COM DISPLASIA COXOFEMORAL

  • DOI: 10.22533/at.ed.9912323058

  • Palavras-chave: Células-tronco, displasia coxofemoral, cão

  • Keywords: Stem cells, hip dysplasia, canine

  • Abstract:

    Hip dysplasia is characterized by the failed development of the hip joint, determined by degrees of looseness of the soft tissues around it, instability, malformation of the femoral head and acetabulum, which enable subluxation at an early age in dogs. Despite hereditary and recessive transmission, nutritional, biomechanical and environmental factors can worsen the dysplasia condition. The constant aggression to the synoviocytes causes hypertrophy, hyperplasia and, in severe cases, necrosis of the synovial membrane villi with increased fluid and intra-articular pressure causing pain. Clinically, DCF affects two groups of dogs, the young, between 4 and 12 months of age, show acute signs of unilateral affection, with a decrease in physical activity, pain, lameness of the pelvic limbs. Animals over 12 months of age have degenerative changes in the joint, bilateral claudication of the pelvic limbs after exercise and atrophy of the pelvic muscles. However, in both, they may include difficulty getting up and going up and down stairs, a positive Ortolani sign. The diagnosis depends on evidence of joint laxity and osteoarthrotic changes and requires radiographic confirmation made in the animal at least 12 months old, ideally at 18 months or more, as some animals only show radiographic evidence at two years old. The treatment of DCF can be conservative, surgical or with stem cells. Choosing the most appropriate one depends on the age of the animal, the degree of dysplasia, and clinical and radiographic findings. The treatment of DCF aims to alleviate the animal's discomfort, improve joint functionality and the patient's quality of life and can be conservative, surgical or with stem cells. Stem cell treatment is performed with the intra-articular injection of mesenchymal stem cells and results in great therapeutic effects, such as improvement in pain and limping in patients with osteoarthritis. This treatment should be further explored as it is an innovative therapy for joint disorders, since MSCs have great therapeutic potential and regenerative abilities. DCF has no cure, but early surgical treatment results in improvements in acceptable clinical function in the long term, while conservative treatment allows a return to acceptable clinical function with maturity. However, the prognosis depends on the patient's age, degree of discomfort, radiographic and physical findings, and the owner's expectations and finances.

  • Cláudia Sampaio Fonseca Repetti
  • Beatriz Campanari Laurentino
  • Angélica da Silva Leme
  • Gabriela Campos
  • Isabela Damaceno de Oliveira
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