Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

O USO DA CANNABIS MEDICINAL NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER: ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO E A INTER PROFISSIONALIDADE NO CUIDADO

A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa progressiva que compromete funções cognitivas e comportamentais, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Os tratamentos disponíveis, baseados principalmente em inibidores da acetilcolinesterase e antagonistas do receptor de N-metil-D-aspartato (NMDA), oferecem benefícios limitados e estão associados a efeitos adversos que impactam negativamente a adesão dos pacientes. Diante disso, cresce o interesse por terapias complementares, entre elas o uso medicinal da Cannabis sativa, cujos compostos, especialmente o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), apresentam propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias, antioxidantes, ansiolíticas e antipsicóticas. Estudos recentes demonstram que esses fitocanabinoides podem modular o sistema endocanabinoide, reduzir a neuroinflamação, proteger os neurônios contra a toxicidade induzida por proteínas beta-amiloides e amenizar sintomas neuropsiquiátricos da DA, como agitação, insônia e ansiedade. No Brasil, a regulamentação da cannabis medicinal avança, conferindo ao farmacêutico um papel central na dispensação, acompanhamento clínico e educação em saúde. Esse profissional atua na orientação sobre o uso correto, na prevenção de interações medicamentosas e no monitoramento de reações adversas, contribuindo para a segurança e eficácia da terapêutica. Além disso, destaca-se a importância da atuação interprofissional no cuidado ao paciente com Alzheimer, com o farmacêutico exercendo um papel integrador entre ciência, clínica e humanização. Este trabalho evidencia a necessidade de consolidar práticas baseadas em evidências e de fortalecer políticas públicas que ampliem o acesso a terapias inovadoras e seguras. A cannabis medicinal representa uma promissora estratégia complementar no manejo da Doença de Alzheimer.
Ler mais

O USO DA CANNABIS MEDICINAL NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER: ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO E A INTER PROFISSIONALIDADE NO CUIDADO

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.6301125260215

  • Palavras-chave: Alzheimer; cannabis; farmacêutico; sistema endocanabinoide

  • Keywords: Alzheimer; cannabis; pharmacist; endocannabinoid system

  • Abstract: Alzheimer’s disease (AD) is a progressive neurodegenerative condition that compromises cognitive and behavioral functions, affecting millions of people worldwide. The available treatments, mainly based on acetylcholinesterase inhibitors and N-methyl-D-aspartate (NMDA) receptor antagonists, offer limited benefits and are often associated with adverse effects that negatively impact patient adherence. In this context, interest in complementary therapies has grown, particularly the medicinal use of Cannabis sativa. Its main compounds, especially cannabidiol (CBD) and tetrahydrocannabinol (THC), exhibit neuroprotective, anti-inflammatory, antioxidant, anxiolytic, and antipsychotic properties. Recent studies show that these phytocannabinoids can modulate the endocannabinoid system, reduce neuroinflammation, protect neurons against beta-amyloid-induced toxicity, and alleviate neuropsychiatric symptoms such as agitation, insomnia, and anxiety in patients with AD. In Brazil, medicinal cannabis regulation is evolving, assigning a central role to the pharmacist in product dispensing, clinical follow-up, and health education. The pharmacist provides guidance on proper use, prevents drug interactions, and monitors adverse effects, thereby contributing to therapeutic safety and efficacy. Furthermore, the importance of interprofessional collaboration in Alzheimer’s care is emphasized, with the pharmacist acting as a bridge between science, clinical practice, and humanized care. This study highlights the need to consolidate evidence-based practices and to strengthen public policies that broaden access to safe and innovative therapies. When properly indicated and monitored by qualified professionals, medicinal cannabis represents a promising complementary strategy in the management of Alzheimer’s disease.

  • Sabrina Bartz Pereira
  • Wendel Silva de Souza
  • Anna Maly de Leão e Neves Eduardo
Fale conosco Whatsapp