O Transtorno do Deficit de Atenção e a Medicalização da Saúde
Introdução: O Transtorno do Deficit de Atenção (TDAH) é o mais frequente transtorno psiquiátrico entre menores de idade. O tratamento medicamentoso é o recurso terapêutico mais utilizado, podendo ter consequências nocivas para a saúde física e mental. Objetivos: Analisar as consequências da medicalização da saúde no tratamento do Transtorno do Deficit de Atenção. Método e materiais: Foi realizada uma revisão bibliográfica através de busca nas bases de dados científicos Scielo, PubMed, LILACS e Google Acadêmico, observando-se como critério de inclusão publicações de artigos sobre a temática abordada nos últimos cinco anos. Resultados: Entre os principais sintomas do TDAH estão a combinação de hiperatividade, impulsividade e deficit de atenção, com base em diagnóstico clínico. Pelo fato de existirem fatores relacionados à disfunção das atividades dopaminérgicas e noradrenérgicas vinculados ao aparecimento dos sintomas, tem preponderado o tratamento farmacológico. Tal tratamento ocorre principalmente através da ingestão de metilfenidato, fármaco que pode ensejar o aparecimento de efeitos colaterais prejudiciais como: a depressão e transtornos de humor. Conclusão: A medicalização da saúde, neste contexto, é um fenômeno relacionado com a utilização de fármacos psicotrópicos como bens de consumo, havendo a desconsideração da condição de sujeito da criança, enquadrada em padrões comportamentais preestabelecidos. Desta forma, é importante a escuta da criança durante o diagnóstico para que esta não se sinta apenas julgada por seus comportamentos. É fundamental, considerando-se o contexto sociocultural do paciente, que haja, no âmbito escolar e familiar, a busca por soluções inclusivas, tendo-se em vista evitar as consequências nocivas de tratamentos meramente medicamentosos.
O Transtorno do Deficit de Atenção e a Medicalização da Saúde
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DOI: 10.22533/at.ed.95321201216
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Palavras-chave: Transtorno da Falta de Atenção; Educação Infantil; Cuidados Parentais
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Keywords: Attention Deficit Disorder; Child Rearing; Parental Care
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Abstract:
ABSTRACT: Introduction: Attention Deficit Disorder (ADHD) is the most frequent psychiatric disorder in adolescents and children. Drug treatment is the most used therapeutic resource, and it can have harmful consequences for physical and mental health. Objective: To analyze the consequences of the medicalization of health in the treatment of Attention Deficit Disorder. Method and Materials: A bibliographic review was carried out, based on articles published in the period 2017 -- 2021, using as databases: SCIELO, PubMed, LILACS and Google Scholar, applying as inclusion criteria articles published in the last five years. Result: Among the main symptoms of ADHD are the combination of hyperactivity, impulsivity and attention deficit, based on clinical diagnosis. Pharmacological treatment has predominated because there are factors related to the dysfunction of dopaminergic and noradrenergic activities linked to the onset of symptoms. Such treatment occurs mainly through the ingestion of Methylphenidate, a drug that can lead to the appearance of harmful side effects such as depression and mood disorders. Conclusion: The medicalization of health, in this context, is a phenomenon related to the use of psychotropic drugs as consumer goods, disregarding the child's condition of subject, framed in pre-established behavioral patterns. Thus, it is important to listen to the child during the diagnosis so that they do not feel judged only by their behavior. It is essential, considering the sociocultural context of the patient, that there is, in the school and family context, the search for inclusive solutions, with a view to avoiding the harmful consequences of merely drug treatments.
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Número de páginas: 6
- Luisa Fernanda Camacho Gonzalez
- Edivan Lourenço da Silva Júnior
