O TEXTO POÉTICO EM SALA DE AULA: ESSE BEM INCOMPREENDIDO
O presente estudo tem por objetivo
discutir a subutilização do texto poético em salas
de aula do Ensino Fundamental. Partimos do
conceito candidiano de literatura, enquanto bem
que deve chegar a todos, para que através dela
possamos atingir a nossa cota de humanidade.
O texto poético precisa encontrar no espaço
escolar a receptividade de seus pares para que
alcancemos o objetivo pretendido por Candido
(1988) e Pinheiro (2007). A escola como agência
de letramentos (COSSON, 2004), alicerçada
nos Parâmetros Curriculares (PCN) precisa
repensar o que faz e o que tem feito do texto
literário em sala de aula, mais especificamente,
com o texto poético. Quando Zilberman (2008),
propõe a leitura como exercício que conduz à
compreensão do texto literário, ressalta que
essa aproximação do aluno com a literatura
promove a sua autoafirmação em relação aos
significados que podem trazer para as suas
experiências pessoais (quando a leitura é feita
individualmente) e para as vivenciadas em sala
de aula (no ato da leitura coletiva). A sua quase
não abordagem em sala de aula distanciando
o aluno de uma das espécies do texto literário
impede o aluno de desenvolver um letramento
mais amplo que o oferecido por outros gêneros.
Devemos pensar que a leitura do texto literário
em geral não se presta a fins pragmáticos e,
menos ainda, como pretexto para o ensino de
gramática. Os resultados aqui apresentados
apontam para: a) falta de empatia do professor
com o texto poético; b) exploração inadequada
no livro didático; c) inexistência de projetos de
leitura; d) proposição de leitura do texto poético.
O TEXTO POÉTICO EM SALA DE AULA: ESSE BEM INCOMPREENDIDO
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DOI: 10.22533/at.ed.78119050619
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Palavras-chave: letramento. Poesia. Ensino. Estratégias.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- VALDENIDES CABRAL DE ARAÚJO DIAS