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capa do ebook O Sonho da Cor do Arco-Íris e a Homofobia no Caminho de Vidas

O Sonho da Cor do Arco-Íris e a Homofobia no Caminho de Vidas

A nossa experiência nascida

da participação na 12ª Jornada Nordestina

LGBT, nos mostrou a importância dos estudos

antropológicos para a compreensão e divulgação

das militâncias dessa classe ainda carente de

atenção e respeito, e necessitada da devolução

dos seus direitos civis, os quais devem ser

postulados a esse elo desgarrado da sociedade,

sem a minimização da satisfação da orientação

sexual de cada indivíduo militante ou não, preto

ou amarelo, rico ou pobre. E é pairando sobre o

multicolorido arco-íris do Brasil, principalmente

da região Nordeste e, especialmente, nas cores

centradas na grande região de Picos, vimos

recentemente a mobilização do movimento

LGBT buscando a ascensão dos seus direitos

e o apregoamento das vontades e sentimentos

no cunho homossexual evolutivo da sociedade

picoense. Discutiremos a sapiência dos saberes

populares ou locais, atrelados aos saberes

mundiais, para enveredarmos pelo caminho de

um entendimento que seja plausível e culmine

com diálogos positivos para uma sociedade

igualitária. A nossa opinião, é que a história

escrita tem o pensamento colonial dos ditos

‘saberes universais’ e, a Antropologia Jurídica

hoje, é elo massificante de saberes, essa

ciência, deve promover hoje a evolução dos

povos em sociedade com o entendimento da

história passada desmistificando orientações

dominadoras. O movimento LGBT está

se alargando no sentido de que as suas

deliberações focam em solidariedade,

resistência e persistência, na busca pelo respeito

e também por políticas públicas que engajem

esforços no sentido de propiciar além dos seus

direitos como cidadãos, também a inclusão

dos indivíduos na sociedade como um todo:

na universalização dos seus direitos à saúde,

à educação e à liberdade de viverem com base

nas suas escolhas individuais baseadas nas

próprias decisões do uso do seu corpo e dos

seus sentimentos como melhor lhes aprouver.

A barreira criada pela sociedade e até por suas

próprias famílias, indicando esses indivíduos

como tendo um desvio particular, antes considerado uma doença pela ciência médica, mais precisamente, um pensamento

situado nas áreas da psiquiatria e psicologia, é uma conduta reprovável por uma parcela

crescente da sociedade, e traz a estes seres, a ansiedade, a angústia e a depressão

e, estas sim, são doenças que tomam ou se tornam as mãos da condenação dada

por uma normativa de um pensamento arcaicamente socializado pelos indivíduos

crentes de terem saberes puros, o que os excluem – os outros: os impuros – do

convívio familiar e social, culminando muitas vezes com a decisão de darem cabo

ou por um fim a própria existência, quando se encontram naquele vazio existencial

interior e, onde não acham uma palavra, um alento para lhes tirar das mãos da fria

morte. Nos tempos atuais e mundo afora, um grupo com poder atropela os saberes

minoritários. A incoerência das ações de poder tornam-se legítimas e são aprovadas

pelo silêncio da sociedade na sua ingerência das verdades humanas e na concepção

de bem-estar social frente à aniquilação das liberdades individuais e, na ritualização

de uma dogmática secular, irracional e criminosa, o que sentencia vidas consideradas

desviadas a se tornarem um excremento particular e antissocial e, como se fosse um

espectro de outro mundo. O preconceito e a violência velada contra os negros, índios,

LGBT e outras tantas gentes batizadas de minorias, vem com um pensamento dos

tempos em que a humanidade ainda não sabia que a terra era redonda e, por isso,

temos a responsabilidade de combatê-los e mostrar a todos novos horizontes e mais

dignidade.

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O Sonho da Cor do Arco-Íris e a Homofobia no Caminho de Vidas

  • DOI: 10.22533/at.ed.4441906119

  • Palavras-chave: 12ª Jornada Nordestina LGBT. Direitos Humanos. Movimento LGBT. Vale do Rio Guaribas.

  • Keywords: 12th Northeast LGBT Day, Human rights, LGBT movement, Guaribas River Valley.

  • Abstract:

    Our experience born of participation in the 12th Northeast LGBT Day

    showed us the importance of anthropological studies for the understanding and

    dissemination of the militancy of this class still lacking attention and respect, and in

    need of the return of their civil rights, which must be postulated to this stray link of

    society, without minimizing the satisfaction of the sexual orientation of each militant or

    not, black or yellow, rich or poor. And it is hovering over the multicolored rainbow of

    Brazil, especially the Northeast region and especially the colors centered in the great

    Picos region, we recently saw the mobilization of the LGBT movement seeking the rise

    of its rights and the proclamation of wills and feelings in the evolutionary homosexual

    nature of picoense society. We will discuss the wisdom of popular or local knowledge,

    linked to world knowledge, to take the path of an understanding that is plausible and

    culminates in positive dialogues for an egalitarian society. Our opinion is that written

    history has the colonial thought of the so-called “universal knowledges” and, Legal

    Anthropology today, is a massifying link of knowledge, this science should promote

    today the evolution of peoples in society with the understanding of past history.

    demystifying dominating orientations. The LGBT movement is widening in the sense that its deliberations focus on solidarity, resistance and persistence, the search for

    respect and also for public policies that engage efforts to provide beyond their rights as

    citizens, also the inclusion of individuals in society as a whole: in the universalization

    of their rights to health, education and freedom to live on the basis of their individual

    choices based on their own decisions about how to use their body and their feelings as

    they see fit. The barrier created by society and even by their own families, indicating

    these individuals as having a particular deviation - previously considered a disease

    by medical science, more precisely, a thought situated in the areas of psychiatry and

    psychology - is a conduct that is still objectionable today. society, brings these beings

    anxiety, anguish and depression, and these are diseases that take or become the

    hands of condemnation given by a normative of archaically socialized thought by

    believing individuals to have pure knowledge, which exclude others: the impure - from

    family and social life, often culminating in the decision to end their own existence or end

    when they are in that inner existential void and, where they cannot find a word, a breath

    to take it from the hands of cold death. In present times and around the world, a group

    with power runs over minority knowledge. The incoherence of power actions becomes

    legitimate and is approved by the silence of society in its interference with human

    truths and in the conception of social welfare in the face of the annihilation of individual

    freedoms and in the ritualization of a secular, irrational and criminal dogmatic, which

    sentences lives considered diverted to become a particular and antisocial excrement

    and, as if it were a specter from another world. Prejudice and veiled violence against

    blacks, indians, LGBT, and so many minority people comes with a thought of the times

    when humanity did not yet know that the earth was round, so we have a responsibility

    to fight it and show them new horizons and more dignity.

  • Número de páginas: 15

  • GEANE MARIA DE ALENCAR ARRAIS BORGES
  • SAMUEL DO NASCIMENTO HORA
  • WENDY GONÇALVES BORGES DE MORAIS
  • JOSÉ BORGES DE MORAIS
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