“O SINAL ESTÁ FECHADO PRA NÓS, QUE SOMOS JOVENS”? AS RELAÇÕES E INTERAÇÕES CONSTRUÍDAS (OU NÃO) ENTRE A DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA E JUVENTUDES EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE TERESINA/PI
O presente artigo refere-se aos estudos e interpretações sociológicos que permitem perceber a relação entre os jovens estudantes de uma escola pública de Ensino Médio de Teresina com a disciplina Sociologia. O trabalho baseia-se em uma pesquisa que teve como objetivo compreender a relação entre os jovens com a Sociologia, tendo em vista a contribuição, ou não, desta na construção das reflexões e compreensões de suas realidades sociais. Para tal, são discutidos os conceitos sobre juventude e juventudes na intenção de estabelecer as diferenças entre um conceito e outro (UNESCO, 2004; ESTEVES, ABRAMOVAY, 2007). Debate-se o ensino de Sociologia e o seu papel enquanto disciplina do Ensino Médio na formação de sujeitos reflexivos, capazes de interpretar, compreender e questionar as sociedades e suas estruturas econômica, social e política (SILVA SOBRINHO, 2007; APPLE, 2004; SARANDY, 2004; LAHIRE, 2014). Metodologicamente, esta é uma pesquisa de caráter exploratório que desenvolveu-se a partir da realização de grupo focal e entrevistas individuais. Os resultados da pesquisa indicam que as juventudes não se relacionam com a disciplina Sociologia a partir das experiências vivenciadas em seus contextos sociais. Verifica-se que há um distanciamento dos estudantes perante a disciplina, mesmo aqueles que gostam dela, tendo em vista que a prática pedagógica conservadora do professor não os envolve em debates que incluam suas experiências, seus anseios, suas realidades e suas identidades.
“O SINAL ESTÁ FECHADO PRA NÓS, QUE SOMOS JOVENS”? AS RELAÇÕES E INTERAÇÕES CONSTRUÍDAS (OU NÃO) ENTRE A DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA E JUVENTUDES EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE TERESINA/PI
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DOI: 10.22533/at.ed.64420090910
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Palavras-chave: Juventudes. Ensino de Sociologia. Educação. Ensino Médio.
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Keywords: Youths. Sociology teaching. Education. High school.
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Abstract:
This article focuses on sociological studies and interpretations that allow us to understand the relationship between young students from a public high school in Teresina with the Sociology course. The research, in which this article is based, had the goal to understand the relationship between young people and Sociology, in view of the contribution, or not, of the latter in the construction of reflections and understandings of the students’ social realities. In order to do so, the concepts of youth and youths are discussed, so that we could establish the differences between one concept and another (UNESCO, 2004; ESTEVES, ABRAMOVAY, 2007). We debate the teaching of Sociology and the role of the Sociology course, as a High School subject, in the formation of reflective beings, capable of interpreting, understanding and questioning societies and their economic, social and political structures (SILVA SOBRINHO, 2007; APPLE, 2004; SARANDY , 2004; LAHIRE, 2014). Methodologically, this is an exploratory research based on a focal group and individual interviews. The results of the research indicate that youths do not relate the course of Sociology with their experiences of their social contexts. It seems that there is a distance between the students and the course, even those who like it, considering that the teacher's conservative pedagogical practice does not involve them in debates that include their experiences, their desires, their realities and their identities.
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Número de páginas: 20
- Luciano de Melo Sousa
- Gabriel Eidelwein Silveira
- Marcos Rangel
