O SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO NA CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE FEMININA NEGRA NAS PERSONAGENS PECOLA DE “O OLHO MAIS AZUL” E IFEMELU EM
O presente estudo visa a análise da influência da noção de pertencimento na construção das identidades femininas negras das protagonistas dos livros "Americanah" e "O Olho Mais Azul". Para isso, partiremos da perspectiva de Stuart Hall (2006) sobre o sujeito pós-moderno e da identidade característica desta condição. Nos apoiaremos também nas discussões acerca do feminismo interseccional de Crenshaw (1991) por conjugarem espaços significativos para a construção da subjetividade feminina negra, bem como conceitos dos estudos pós-coloniais a respeito da subjetividade, da noção de subalterno e o silenciamento desse grupo, esses últimos na perspectiva de Spivak (1985). Por fim, utilizaremos a noção de "lugar de fala" sob a ótica de Djamila Ribeiro (2017) por entender que o lugar do qual falam as autoras dos livros legitima as vozes que são dadas as suas personagens. Percebemos que os espaços de interseccionalidade dentro dos quais estão inseridas as personagens contribuem significativamente para a construção de sentimento de não-pertencimento e, por consequência, para a constituição de identidades feminina e negra fragmentadas. Tais subjetividades correspondem a identidade plástica, fluida e não fixa, as quais propõe Hall, acompanhando as mudanças estruturais sociais de nossa época.
O SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO NA CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE FEMININA NEGRA NAS PERSONAGENS PECOLA DE “O OLHO MAIS AZUL” E IFEMELU EM
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DOI: 10.22533/at.ed.46221300316
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Palavras-chave: Pertencimento. Identidade feminina negra. Silenciamento. Interseccionalidade.
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Keywords: Belonging. Black female identity. Silencing. Interseccionality
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Abstract:
The present study aims to analyze the influence of the notion of belonging in the construction of black female identities of the main characters in the novels ''Americanah'' and ''The Bluest Eye''. For the analysis, Stuart Hall's (2006) perspective on the post-modern subject and the characteristic identity of such context will be used. Also as support for the analysis are the discussions of Crenshaw (1991) on intersectional feminism due to the understanding of them creating meaningful spaces for the establishment of black female subjectivity, as well as post-colonial studies' concepts regarding subjectivity, the subaltern and his or her silencing, the latter based on Spivak (1985). Finally, Djamila Ribeiro's (2017) idea of ''place of speech'' will be added to analysis given that the place from where the authors speak legimitate the voices of their characters. It can be noted that the intersectionality spaces in which the main characters are inserted contribute significantly to the construction of their non-belonging feeling and, by consequence, to the constitution of fragmented feminine and black identities. Such subjectivities are correlated to the plastic, fluid and non-fixed identity proposed by Hall and follow the structural social changes of our time.
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Número de páginas: 9
- Bianca de Carvalho Lopes Barros
