O POUSO DE TROPAS COLONIAL EM BENTO RODRIGUES: O CASO DOS TRABALHOS DE RESGATE ARQUEOLÒGICO PÒS DESASTRE.
Com o rompimento da barragem
de Fundão, em novembro de 2015, volumosa
quantidade de rejeito de minério foi carreado,
causando destruição parcial do meio natural,
das comunidades adjacentes e do Patrimônio
Cultural, neste caso específico das edificações
e estruturas associadas ao curral e os cochos
de pedras situados no distrito de Bento
Rodrigues. O artigo tem o objetivo de apresentar
os resultados do resgate arqueológico das
estruturas do curral com muros de pedra e o
cocho lavrado também em pedra, que estavam
diretamente relacionados à formação histórica
do distrito e remontam ao período colonial. A
partir dos estudos desenvolvidos na presente
pesquisa, é possível que o “curral de pedras”
fosse parte integrante de um contexto maior,
provavelmente ligado a uma estalagem, ou
rancho de tropas, integrado ou não a uma sede
de fazenda que teria existido junto ao local. Esta
possibilidade é pautada pelas características de
sua construção (especialmente, as dimensões e
proporções), na qual era possível perceber dois
métodos distintos: sendo um segmento erigido
com blocos de pedra, dispostos um em cima
do outro, em junta seca; e, o outro segmento
construído com placas de pedra, dispostas
verticalmente, e em paralelo, formando um muro
com características únicas, poucas vezes vistas
na região. Desse modo, a comunicação visa
não só apresentar um estudo de caso acerca
dos procedimentos e métodos utilizados em
um caso emblemático de resgate arqueológico
pós-desastre, como também chamar a atenção
para a preservação dos sítios ligados à antiga
malha viária denominada Estrada Real em
Minas Gerais.
O POUSO DE TROPAS COLONIAL EM BENTO RODRIGUES: O CASO DOS TRABALHOS DE RESGATE ARQUEOLÒGICO PÒS DESASTRE.
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DOI: 10.22533/at.ed.4651919128
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Palavras-chave: Arqueologia Pós desastre, Estrada Real, Patrimônio Cultural.
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Abstract:
Abstract
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Número de páginas: 15
- Magno Augusto Coelho Santos