O pensamento nômade do cinema marginal brasileiro
Segundo Deleuze, cada formação
social pressupõe o estabelecimento e a
manutenção de diversos sistemas que produzem
discursos e rostos variados e são sustentados
por eles. Dentre tais sistemas, existem aqueles
mais preponderantes que se sustentam por
posturas, ideologias e uma série de elementos
que podemos considerar como uma máquina
de Estado. Essa máquina implica um ideal
de servilidade e subserviência que supõe um
padrão normativo comportamental, cultural e
social considerado maior e sedentarizado que
pode ser exemplificado em homem/hetero/
branco/racional/consumista. Avessa a essa
máquina de estado ou tensionando-a teríamos
a máquina de guerra que é uma espécie
de movimento nômade porque se constrói
à margem da fixidez desse regime, criando
outras linhas de vida e fissurando essa máquina
estatal. Como exemplo dessas fissuras temse
a apresentação das miríades daquilo
considerado menor, tais como o devir-mulher,
animal, trans, esquizo, negro, índio, etc. Esse
artigo busca pontuar como o cinema marginal
traz um pensamento nômade de máquina de
guerra, na medida em que se utiliza de signos
que fogem ou que fazem fugir o império dos
modelos maiores, entrando em relação com
outros domínios moleculares de sensibilidade
que transgridem ou propõem transvalorar os
valores. Para tanto, esta imbricação entre arte
cinematográfica e filosofia terá como suporte
teórico as construções dos filósofos Gilles
Deleuze e Felix Guattari, transversalizadas
também em obras dos pesquisadores David
Lapoujade, Peter Pal Pélbart e Regina Schôpke.
O pensamento nômade do cinema marginal brasileiro
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DOI: 10.22533/at.ed.03619280312
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Palavras-chave: Pensamento nômade. Máquina de guerra. Cinema Marginal
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Auterives Maciel Jr
- Milene de Cássia Silveira Gusmão
- Amanda Souza Ávila Lobo