O PARAGUAI NA TELEVISÃO BRASILEIRA, O ESTIGMA DA FALSIFICAÇÃO OU PIRATARIA E A RESISTÊNCIA NA FRONTEIRA BRASIL-PARAGUAI
Estudamos como os sentidos de falsificação e pirataria, recorrentemente associados pelas narrativas da televisão brasileira aos paraguaios, ao Paraguai e à fronteira Paraguai-Brasil, medeiam as relações cotidianas e as representações que paraguaios e brasileiros elaboram uns sobre os outros na fronteira Foz do Iguaçu-Ciudad del Este (Brasil-Paraguai). O estudo se deu junto a 18 fronteiriços sob a perspectiva dos Estudos Culturais Britânicos e Latinos. Os brasileiros estigmatizam os paraguaios por meio do uso da linguagem, quando incorporam no cotidiano os termos derivados da palavra Paraguai associados aos sentidos de “falso”, podendo significar “desonesto” ou ainda “criminoso”. Os paraguaios acionam a identidade nacional, enaltecendo elementos positivos e resistindo a essa representação. Os limites simbólicos entre as nações é sublinhado e a identificação fronteiriça não é fortalecida.
O PARAGUAI NA TELEVISÃO BRASILEIRA, O ESTIGMA DA FALSIFICAÇÃO OU PIRATARIA E A RESISTÊNCIA NA FRONTEIRA BRASIL-PARAGUAI
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DOI: 10.22533/at.ed.74620100812
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Palavras-chave: Comunicação; Televisão; Estigma; Falsificação; Fronteira Paraguai-Brasil.
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Keywords: Communication; TV; Stigma; Falsification; Paraguay-Brazil border.
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Abstract:
We studied how the meanings of counterfeiting and piracy, recurrently associated by the narratives of Brazilian television to the Paraguayans, Paraguay and the Paraguay-Brazil border, mediate the daily relations and representations that Paraguayans and Brazilians elaborate on each other on the Foz do Iguaçu border- Ciudad del Este (Brazil-Paraguay). The study was carried out with 18 frontiersmen from the perspective of British and Latin Cultural Studies. Brazilians stigmatize Paraguayans through the use of language, when they incorporate in their daily lives the terms derived from the word Paraguay associated with the meanings of “false”, which can mean “dishonest” or even “criminal”. Paraguayans trigger national identity, highlighting positive elements and resisting this representation. The symbolic boundaries between nations are underlined and border identification is not strengthened.
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Número de páginas: 17
- Roberta Brandalise