O PAPEL DO ESTADO CAPITALISTA E SUAS “NOVAS” CONFIGURAÇÕES FRENTE A QUESTÃO SOCIAL
O presente artigo tem como objetivo
analisar as novas formatações do Estado
Brasileiro frente as modificações ocorridas no
capitalismo contemporâneo, com enfoque no
caráter constituído quanto interventor, ao qual
amplia sua faceta contraditória. Para tal análise,
utiliza-se o materialismo histórico dialético
quanto aporte para uma revisão literária, que
busca aproximar-se com maior efetividade
da essência do fenômeno, afim de desvelar e
esmiuçar processos naturalizados ao campo da
aparência. Para tanto, a análise crítica constituise através de um percurso histórico que resgata
fundamentos importantes da organização
social capitalista, através das suas bases no
antagonismo de classes e consequentemente
na exploração da força de trabalho da
classe desfavorecida, perpassando pela
fundação e organização do Estado capitalista.
Visualizando primariamente sua atuação
ancorada na preservação das condições que
permitem a produção e reprodução do sistema
vigente, de forma autonôma às vias privadas.
Analisando também sua força de contenção,
resguardada por um aparato coercitivo que
protege os interesses dominantes frente a
qualquer quadro estabelecido, assim como sua
capacidade ideologica de instituir um modelo
jusnaturalizado que apresenta-se quanto
alternativa última aos males da organização
social. Tais elementos evidenciam e permitem
a compreensão do papel contínuo do Estado
contemporâneamente e suas nuancias a
partir da era dos monopólios em especial no
período pós crise estrutural do capitalismo (que
configura a contemporaneidade), posicionando
suas concessões e avanços caminhando lado
a lado ao caráter emergencial de conservação,
de favorecimento da classe dominante, da
manutenção do antagonismo de classes,
descartando assim a real transformação social
através de suas ações.
O PAPEL DO ESTADO CAPITALISTA E SUAS “NOVAS” CONFIGURAÇÕES FRENTE A QUESTÃO SOCIAL
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DOI: 10.22533/at.ed.52019170132
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Palavras-chave: Capitalismo; Estado; Transformação; Contemporaneidade.
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Keywords: Capitalism; State; Transformation; Contemporaneity.
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Abstract:
This article aims to analyze the
new formations of the Brazilian State in the face
of the changes that occurred in contemporary
capitalism, with a focus on the character
constituted as an intervener, to which it enlarges its contradictory facet. For this analysis, dialectical historical materialism is used as a
contribution to a literary revision, which seeks to approach with greater effectiveness
the essence of the phenomenon, in order to unveil and smash processes naturalized to
the field of appearance. For this, the critical analysis is constituted through a historical
route that rescues important foundations of the capitalist social organization, through
its bases in the antagonism of classes and consequently in the exploitation of the labor
force of the disadvantaged class, passing through the foundation and organization
of the State capitalist. Primarily visualizing its action anchored in the preservation
of the conditions that allow the production and reproduction of the current system,
autonomously to the private roads. It also analyzes its restraining force, protected by a
coercive apparatus that protects dominant interests against any established framework,
as well as its ideological capacity to institute a jusnaturalized model that presents itself
as the ultimate alternative to the evils of social organization. These elements evidence
and allow the understanding of the continuous role of the state today and its nuancies
from the era of monopolies, especially in the post-structural crisis of capitalism (which
configures contemporaneity), positioning its concessions and advances along side the
emergency character of preservation, of favoring the ruling class, of maintaining class
antagonism, thus discarding the actual social transformation through its actions.
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Número de páginas: 15
- José Rangel de Paiva Neto