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capa do ebook O NHEENGATU NO RIO TAPAJÓS: REVITALIZAÇÃO LINGUÍSTICA E RESISTÊNCIA POLÍTICA

O NHEENGATU NO RIO TAPAJÓS: REVITALIZAÇÃO LINGUÍSTICA E RESISTÊNCIA POLÍTICA

O trabalho trata do processo

histórico de revitalização do Nheengatu ou

Língua Geral Amazônica (LGA) coordenado

pelas organizações e lideranças indígenas

no baixo rio Tapajós, Pará. Desde 1998, 70

comunidades ribeirinhas se reorganizaram

politicamente e retomaram identidades étnicas

como povos indígenas. A revitalização do

Nheengatu na região, através de oficinas e

minicursos, foi iniciada pelo Grupo Consciência

Indígena (GCI) em 1999, atendendo a demanda

dos indígenas na sua luta pela reafirmação

identitária como povos diferenciados. Os mais

velhos lembravam que a LGA ainda era falada

por seus avós até meados do Século XX. O GCI

trouxe para o rio Tapajós vários indígenas do

rio Negro (AM) para atuar como professores de

Nheengatu nas aldeias indígenas. Tal processo

tem se configurado como uma ação política

por meio da linguagem, sendo a retomada do

Nheengatu um ato político de resistência desses

povos que, assim, têm se reconectado com sua

ancestralidade. Surgiu um novo discurso sobre

o Nheengatu, não mais como língua indígena

que “já foi falada” na região, mas como língua

viva que transmite conhecimentos diversos que

ancoram e dão sentido às práticas indígenas

desses povos. Língua como instrumento de

afirmação identitária. Em 2007 foi implantado

o ensino do Nheengatu na educação escolar,

e no lugar das oficinas, surgiu o Curso de

Nheengatu, com 360 horas, ofertado pelo

GCI e Universidade Federal do Oeste do Pará

(UFOPA), como um espaço de formação de

professores indígenas de Nheengatu que têm

atuado nas escolas das aldeias na região. 

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O NHEENGATU NO RIO TAPAJÓS: REVITALIZAÇÃO LINGUÍSTICA E RESISTÊNCIA POLÍTICA

  • DOI: 10.22533/at.ed.81419240410

  • Palavras-chave: Revitalização. Nheengatu. Rio Tapajós. Indígenas.

  • Keywords: Revitalization, Nheengatu, Tapajós river, Indigenous.

  • Abstract:

    The work deals with the historical

    process of revitalization of Nheengatu or

    Amazonian General language (LGA) coordinated

    by organizations and indigenous leaders in the

    Tapajos River, Para-Brazil. Since 1998, seventy

    riverside communities reorganized politically

    and resumed ethnic identities as indigenous

    peoples. The revitalization of Nheengatu

    language in the region, through workshops and

    short courses, was initiated by the Indigenous

    Awareness Group (GCI) in 1999, meeting the

    demand of the indigenous in your struggle for

    reaffirmation of identity as distinct peoples. The

    elders reminded that the LGA was still spoken by his grandparents until the mid-20th century. The GCI brought to the Tapajos River

    several indigenous from Rio Negro (AM) for acting as Nheengatu language teachers

    in indigenous villages. Such a process has been set up as a political action by means

    of language, being the resumption of Nheengatu a political act of resistance of these

    people thus have reconnected with your ancestry. Nheengatu, no longer as indigenous

    language that “has already been spoken” in the region, but as a living language that

    conveys several skills that anchor and give meaning to indigenous practices of these

    peoples. Language as an instrument of affirmation of identity. In 2007 was implemented

    the teaching of Nheengatu language in school education, and in place of the workshops,

    the Course of Nheengatu, with 360 hours, offered by GCI and Federal University of

    West of Pará (UFOPA), as a space for indigenous teacher education of Nheengatu

    language that have been active in the schools of the villages in the region.

  • Número de páginas: 15

  • Sâmela Ramos da Silva
  • Florêncio almeida Vaz Filho
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