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capa do ebook O NEGRO E O PENSAR DECOLONIAL: DOS MALÊS À MARIGHELLA – UM POVO CHAMADO REVOLUÇÃO.

O NEGRO E O PENSAR DECOLONIAL: DOS MALÊS À MARIGHELLA – UM POVO CHAMADO REVOLUÇÃO.

Os movimentos libertários representaram e representam uma rica e curiosa passagem histórica, sobretudo no tocante à colonização, à escravidão e aos regimes de exceção instaurados em grande parte das sociedades. Por essa razão, o presente artigo tentará resgatar uma memória, até então pouco discutida na literatura científica, que evidencie o protagonismo dos povos e das culturas afro, recorrendo a pesquisas bibliográficas e abordagens feitas por autores e por autoras negras – tais como Ângela Davis, Kimberlé Crenshaw, Frantz Fanon, dentre outros - assim como bibliografias produzidas por outros grupos étnicos sobre o referido assunto ao longo da história. E destes podemos destacar João José Reis, Paul E. Lovejoy, Boaventura de Sousa Santos e Nei Lopes. Tentando, dessa forma, levantar questões que permeiam a sociedade, concernente as condições das classes marginalizadas no Brasil, herdeiras de um processo colonizatório explorador, bem como as ligações com outras nações da diáspora africana, a fim de traçar paralelos entre os motivos impulsionadores de inúmeros levantes ocorridos no território brasileiro de cunho ideológico e descolonizador. Por sua vez, abordaremos aspectos relevantes da causa dos negros e do pensar decolonial, presentes nos ideais libertadores dos Malês, negros islamizados, que foram despidos de suas ideologias e submetidos a um processo de coisificação humana durante o regime escravocrata no território brasileiro, mas lutaram energicamente, no século XIX, contra o poder hegemônico de dominação e contra a exploração do seu povo. Aspectos esses também percebidos na figura histórica de Carlos Marighella, símbolo brasileiro de resistência, considerado um mártir do século XX no País, por militar pelas causas sociais, combatendo regimes absolutistas e marchando em defesa dos interesses das minorias desfavorecidas. Por conseguinte, faremos emergir diversas questões socioculturais, elucidando os impactos desse protagonismo transformador, aqui abordado, que tem inspirado inúmeros povos até os dias de hoje.

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O NEGRO E O PENSAR DECOLONIAL: DOS MALÊS À MARIGHELLA – UM POVO CHAMADO REVOLUÇÃO.

  • DOI: 10.22533/at.ed.10820180917

  • Palavras-chave: Negros. Minorias. Malês. Marighella. Protagonismo.

  • Keywords: Black. Minorities. Malês. Marighella. Protagonism.

  • Abstract:

    The libertarian movements represented and represent a rich and curious historical passage, especially with regard to colonization, slavery and the exception regimes established in most societies. For this reason, the present article will try to rescue a memory, hitherto little discussed in the scientific literature, which highlights the role of Afro peoples and cultures, using bibliographic research and approaches made by black authors - such as Angela Davis, Kimberlé Crenshaw, Frantz Fanon, among others - as well as bibliographies produced by other ethnic groups on this subject throughout history. Of these, we can highlight João José Reis, Paul E. Lovejoy, Boaventura de Sousa Santos and Nei Lopes. Trying, in this way, to raise questions that permeate society, concerning the conditions of the marginalized classes in Brazil, inheritors of an exploratory colonization process, as well as the links with other nations of the African diaspora, in order to draw parallels between the reasons that motivate countless uprisings in the Brazilian territory of an ideological and decolonizing nature. In turn, we will address relevant aspects of the cause of blacks and decolonial thinking, present in the liberating ideals of Malês, black Islamists, who were stripped of their ideologies and subjected to a process of human reification during the slave regime in Brazilian territory, but they fought vigorously, in the 19th century, against the hegemonic power of domination and against the exploitation of its people. These aspects are also perceived in the historical figure of Carlos Marighella, a Brazilian symbol of resistance, considered a martyr of the 20th century in the country, for defending social causes, fighting absolutist regimes and marching in defense of the interests of disadvantaged minorities. Therefore, we will emerge several socio-cultural issues, elucidating the impacts of this transformative role, discussed here, which has inspired countless peoples until today.

  • Número de páginas: 10

  • Djamiro Ferreira Acipreste Sobrinho
  • Ivan Azevedo do Nascimento
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