O MUSEU COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO
Este livro se origina numa questão que se coloca frequentemente para grande parte dos museus criados nas décadas recentes: é possível conceber um museu sem acervo? A aparente inocência dessa questão, na verdade, encobre uma complexa rede de transformações que se apresentam para a formação de museus na contemporaneidade, perpassando questões como a ampliação dos anseios preservacionistas e do próprio conceito de “patrimônio cultural”, o aumento do fenômeno da musealização, a inserção do museu na cultura de massas e a criação de diversas instituições culturais desassociadas do colecionismo material. Entender o que é, de fato, um museu sem acervo constitui um enorme desafio a ser enfrentado contemporaneamente, sobretudo porque põe em xeque a concepção tradicional de estruturação das instituições museológicas em torno do chamado “fato museal” (GUARNIERI, 1990), que pressupõe a relação entre acervo, espaço e público como tripé indispensável para a constituição do objeto de interesse da museologia enquanto campo disciplinar autônomo.
O MUSEU COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO
-
DOI: 10.22533/at.ed.019222308
-
Palavras-chave: museu, espaço de interação
-
Keywords: museu, espaço de interação
-
Abstract:
Este livro se origina numa questão que se coloca frequentemente para grande parte dos museus criados nas décadas recentes: é possível conceber um museu sem acervo? A aparente inocência dessa questão, na verdade, encobre uma complexa rede de transformações que se apresentam para a formação de museus na contemporaneidade, perpassando questões como a ampliação dos anseios preservacionistas e do próprio conceito de “patrimônio cultural”, o aumento do fenômeno da musealização, a inserção do museu na cultura de massas e a criação de diversas instituições culturais desassociadas do colecionismo material. Entender o que é, de fato, um museu sem acervo constitui um enorme desafio a ser enfrentado contemporaneamente, sobretudo porque põe em xeque a concepção tradicional de estruturação das instituições museológicas em torno do chamado “fato museal” (GUARNIERI, 1990), que pressupõe a relação entre acervo, espaço e público como tripé indispensável para a constituição do objeto de interesse da museologia enquanto campo disciplinar autônomo.
-
Número de páginas: 157
- Bianca Manzon Lupo