Em 2017 o número de denúncias,
através do Disque 100, de homicídios ou
tentativas de homicídios contra a população
LGBTQIA+1
 aumentou 127% segundo o Atlas
da Violência, feito pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), de 2019. O relatório
mostra que houve um aumento nos últimos seis
anos de denúncias de crimes contra pessoas
LGBTQIA+ através do Disque 100, do Ministério
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
(MMFDH). Além disso, o Atlas da Violência
também aponta um crescimento de 10,9% de
crimes contra homossexuais e 30,8% de crimes
violentos contra bissexuais durante o ano de
2016, de acordo com o Sinan, responsável
por coletar dados de violência interpessoal/
autoprovocada nos serviços de saúde do
Brasil. Apesar desses números, o documento
feito pelo Ipea (2019) chama a atenção para a
falta de mais dados acerca da violência contra
pessoas LGBTQIA+ no Brasil, resultante da
1. Optou-se pelo uso da sigla LGBTQIA+ - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais e Travestis, Queer, Intersexo e Assexuais. Nesta escolha, destaca-se a importância símbolo de mais (+) ao final da sigla, sinalizando a existência e inclusão de outras identidades
de gênero e orientações sexuais.
falta de conhecimento acerca do tamanho
dessa população, a inexistência de relatórios
governamentais focados no levantamento dos
problemas enfrentados por ela e da deficiência
em construir políticas públicas para a resolução
da violência LGBTQIA+fóbica e preconceitos
relacionados.