O Intertextual e o intratextual na obra de Woody Allen: uma análise sobre os filmes
O diálogo intertextual é uma
prática comum no cinema contemporâneo.
A intertextualidade foi enunciada por Julia
Kristeva, com base nos estudos de Mikhail
Bakhtin, e em seus estudos fez aproximações
entre a literatura e outras manifestações
comunicacionais. Harold Bloom, a partir
de estudos sobre a influência poética, nos
apresentou o conceito da intratextualidade,
onde dois ou mais textos, de um mesmo
autor, se interpenetram e influenciam um ao
outro, gerando uma “Relação Intrapoética». O
cineasta Woody Allen apresenta em sua obra
os mais diversos diálogos intertextuais. Em seu
filme «Alice»(1990), ele dialoga claramente com
o conto infantil de Lewis Carroll e, alguns anos
depois, em «Blue Jasmine»(2013), ele dialoga
com a dramaturgia de Tennessee Williams.
Em seu último filme, «Wonder Wheel» (2017),
ele nos apresenta um diálogo que pode ser
entendido como intratextual relacionado aos dois
filmes anteriores. Esse trabalho busca realizar
esta análise, apresentando a intratextualidade
além do diálogo do autor com ele mesmo, mas
sim como uma forte fonte de criação, provando
ser uma ferramenta de consolidação poética
dentro do cinema.
O Intertextual e o intratextual na obra de Woody Allen: uma análise sobre os filmes
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DOI: 10.22533/at.ed.80719240422
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Palavras-chave: Cinema, intertextualidade, intratextualidade.
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Keywords: Cinema, intertextuality, intratextuality.
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Abstract:
Intertextual dialogue is a
common practice in contemporary cinema. The
intertextuality was enunciated by Julia Kristeva,
based on the studies of Mikhail Bakhtin, and
in her studies made approximations between
the literature and other communicational
manifestations. Harold Bloom, from studies on
poetic influence, presented us with the concept
of intratextuality, where two or more texts, from
the same author, interpenetrate and influence
one another, generating an “Intrapoetic
Relationship.” in his work “Alice” (1990), he
talks clearly with Lewis Carroll’s children’s
story and, a few years later, in “Blue Jasmine”
(2013), he dialogues with the dramaturgy of
Tennessee Williams In his last film, Wonder
Wheel (2017), he presents a dialogue that can
be understood as intratextual related to the two
previous films.This paper seeks to carry out this
analysis, presenting the intratextuality beyond
the dialogue of the author with him but rather as
a strong source of creation, proving to be a tool
of poetic consolidation within the cinema.
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Número de páginas: 15
- Alexandre Silva Wolf