Esse artigo pretende explorar as noções de moderno e modernidade a

fim de compreender como e se eles podem ser aplicados ao ideário educacional

existente no contexto brasileiro, tendo como foco Minas Gerais, na virada do século

XIX para o XX. O desenvolvimento da discussão terá como foco o município de

Uberaba, no Triângulo Mineiro, e tem como objetivo primeiro localizar o moderno na

Escola Normal de Uberaba, em seu primeiro momento de funcionamento, gerido

pela província de Minas Gerais e, a posteriori, o Estado de Minas Gerias, entre os

anos de 1881 a 1905. Para tanto, primeiramente, far-se-á uma apresentação de

como o moderno e a modernidade apresentam-se historicamente na literatura

para, a posteriori, colocá-los frente ao contexto do município e da instituição

estudados. Propõe-se explorar como Jacques Le Goff, Marshall Berman e Jürgen

Habermas definem e problematizam as noções de moderno e modernidade em

suas obras. Em seguida, localiza-se historicamente a situação da educação no

Império e da República no contexto brasileiro. Busca-se compreender se, de fato,

houve uma ruptura quando o regime político modifica-se de Império para

República, ou se a modificação é apenas formal e nominal. Por fim, localiza-se

historicamente a Primeira Escola Normal de Uberaba e defende-se a ideia de que a

sua instalação evidenciava uma vontade de progresso