Este trabalho tem por objetivo refletir sobre a formação de gestores em EJA

evidenciando alguns impasses históricos que se constituem desafios para a gestão

escolar e as perspectivas que influenciam a atuação do gestor. Deste modo,

destacamos a relevância das disposições legais que orientam a educação brasileira

no tocante a EJA, na perspectiva do direito público subjetivo, assim como a

formação continuada dos gestores escolares e o fortalecimento da gestão

democrática, como premissas para estabelecer o diálogo com os gestores. A

pesquisa foi desenvolvida a partir da entrevista semiestruturada, estratégia

metodológica que orientou o diálogo individual preliminar e contribuiu para o

diálogo coletivo por meio do Círculo de Diálogo em escolas de Salvador e Região

Metropolitana. As contribuições de Amorim (2012), Domingues (2014), Gajardo

(1986), Lück, Freitas, Girling e Keith (2012), Dallapiane (2006), Cury (2006 e

2008), Arroyo (2005, 2016), Lima (2007), Gadotti (2009), Lück (2012 e 2014), Paro

(2015), Gadotti e Romão (2012) fundamentaram a reflexão e favoreceram a análise

dos resultados que evidenciaram a necessidade de refletir a EJA em diferentes

dimensões através da formação continuada, a partir das respostas dos gestores sobre:

ausência de vontade política como um indicador que dificulta a efetivação das

políticas públicas na EJA; carência de formação; inexistência de proposta de EJA

consolidada no município, o que faz com que gestores, funcionários e professores,

não compreendam a EJA na perspectiva do direito; ausência de compromisso por

parte dos estudantes mais jovens, o que para os gestores, necessita de ações mais

efetivas.