O GÊNERO VIROLA NO BRASIL: NEOLIGNANAS E ATIVIDADE BIOLÓGICA
Uma estreita relação entre
o homem e as plantas existiu desde os
primórdios da humanidade, pela provável
tendência de utilizar as espécies vegetais
para o tratamento de diversos males e na
alimentação. A família Myristicaceae se destaca
etnofarmacologicamente na literatura devido
ao uso de suas espécies como alucinógenos
descritos na literatura. No Brasil, esta família
é representada por 5 gêneros, dentre estes
o gênero Virola é o mais bem representado
possuindo 35 espécies relatadas. Destas, 10
espécies possuem algum estudo químico e 6
registros de estudos sobre atividade biológica
foram encontrados (para neolignanas isoladas
das espécies) na revisão para o presente
trabalho. Sendo as espécies V. carinata,
V. elongata e V. sebifera as mais estudas
quimicamente e, V. sebifera e V. surinamenses as
mais estudadas biologicamente. As classes de
substâncias que ocorrem em maior quantidade
no gênero são lignanas e neolignanas, que
juntas representam 66% das 188 substâncias
isoladas das espécies de Virola de ocorrência
no Brasil. O presente trabalho descreve as
neolignanas identificadas no gênero Virola
no Brasil e as atividades biológicas avaliadas
para as mesmas. 89 diferentes estruturas de
neolignanas foram descritas, destas 11 tiveram
algum estudo sobre atividade biológica (12%).
Esses dados ressaltam a importância de se
continuar a explorar o potencial biológico do
gênero a fim de contribuir com o conhecimento
etnofarmacologico de espécies brasileiras de
Virola, bem como estabelecer um perfil químico
para as mesmas, que poderá direcionar estudos
químicos futuros.
O GÊNERO VIROLA NO BRASIL: NEOLIGNANAS E ATIVIDADE BIOLÓGICA
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DOI: Atena
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Palavras-chave: Myristicaceae, Virola, Neolignanas, Atividade biológica
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Luana Carvalho Batista
- Maria Raquel Garcia Vega