O FESTEJO DAS SANTAS ALMAS BENDITAS NA COMUNIDADE QUILOMBOLA MORRO SÃO JOÃO EM SANTA ROSA DO TOCANTINS, BRASIL
Este trabalho tem como objetivo
analisar o Festejo das Santas Almas Benditas
na Comunidade Quilombola Morro São João,
em Santa Rosa, Tocantins, na perspectiva
do território vivido, um ritual que acontece
anualmente no primeiro dia de novembro.
Como procedimentos metodológicos, optamos
por uma revisão sobre a temática dos Congos
e do território vivido e também entrevistas com
pessoas da comunidade, além de observação
participante. Percebemos a importância da
memoria e dos saberes que são transmitidos
e ensinados pelos mais velhos, os anciões,
seja dos cânticos, das danças, das rezas, do
processo de elaboração das comidas entre
outros. Concluímos que em termos de ensino é
preciso que os professores de geografia incluam
em suas práticas a valorização da memória e
dos territórios vividos, os microterritórios, como
forma de apresentar aos seus alunos que a
geografia está muito mais próxima de suas
vidas do que está nos livros didáticos, inclusive
levando os alunos a participarem de todo o
evento cultural.
O FESTEJO DAS SANTAS ALMAS BENDITAS NA COMUNIDADE QUILOMBOLA MORRO SÃO JOÃO EM SANTA ROSA DO TOCANTINS, BRASIL
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DOI: 10.22533/at.ed.58420190318
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Palavras-chave: Geografia Cultural. Congos. Comunidades Quilombolas
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Keywords: Cultural geography. Congos. Quilombola Communities.
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Abstract:
This article aims at analyzing the
Festivity of Saint Holy Souls (Festejo das Santas
Almas Benditas) in the quilombola communities
of Morro São João, in Santa Rosa, Tocantins,
Brazil. In particular, we analyze the lived territory,
an annual ritual that takes place on the first day
of November. The methodology is composed
of a systematic revision of the Congos and the
lived territory, interviews with people from the
community, and participant observation. We
note the importance of memory and knowledge
transmitted and taught by the elders, be it chants,
dances, prayers, the food making process etc.
We conclude that geography teachers must
include in their teaching, appreciation practices
of memory, lived territories, and micro-territories
as means of presenting students with a
geography that is much closer to their lives than
textbook geography, which includes taking them
to that cultural event.
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Número de páginas: 12
- Valdir Aquino Zitzke