Esse trabalho visou conhecer características da atuação em Psicologia Escolar no processo de inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista – TEA. Para isso foi realizada uma pesquisa qualitativa, fundamentada nos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural do desenvolvimento humano e na literatura contemporânea da Psicologia Escolar crítica. Participaram do estudo duas psicólogas que trabalham no acompanhamento de crianças com TEA em escolas na cidade de São Luís-MA. As informações foram construídas por meio de estratégias multimetodológicas, envolvendo observação participante realizada pela imersão da pesquisadora no contexto de trabalho das psicólogas, além da realização de entrevistas semiestruturadas. Como resultado foi observado que as atuações das psicólogas escolares são predominantemente voltadas para a compreensão e ruptura de concepções deterministas sobre o desenvolvimento humano entre os atores da escola, ora se aproximando de uma visão “romântica” e  “solidária” sobre inclusão de crianças com e sem deficiência, ora com distanciamento do verdadeiro papel e função da escola como meio de desenvolvimento e aprendizagem humana.  Observou-se, ainda, que o trabalho é tido como “dinâmico”, implicando em um fazer a partir das características das interações sociais juntamente com fundamentações teóricas críticas da Psicologia Escolar que provocam um olhar diferenciado sobre inclusão de pessoas com autismo como um direito para o desenvolvimento de todos, típicos e atípicos. Por fim, é discutida a importância de ampliar estudos sobre a inclusão de crianças com TEA nas escolas e sobre a inserção da Psicologia Escolar nesse processo.