Morte e morrer: uma fragilidade na formação médica
A terminalidade da vida é pouco discutida nas escolas médicas, visto em diversos estudos. O objetivo do presente trabalho é avaliar a preparação do curso de medicina da PUCPR, câmpus Londrina, referente a morte e ao morrer, além da necessidade de maior aprofundamento do tema na grade curricular. Este estudo é transversal e quantitativo, onde 50 estudantes do internato responderam um questionário que aborda perguntas referentes aos conhecimentos, sentimentos e percepções, além da relevância de uma maior discussão do tema na graduação. Foi observado que os alunos não se sentem totalmente preparados para lidar com a notificação das más notícias e para lidar com as suas emoções quando o paciente morre. O preparo prático e individual foram os principais problemas identificados, sendo ainda o preparo teórico visto como superficial para 24% estudantes. Eles consideram que a discussão sobre terminalidade da vida seja feito durante todo a graduação, sendo de grande relevância para a formação médica. Concluiu-se que existe a necessidade de uma abordagem maior sobre o tema, feita de forma interconectada com as disciplinas já existentes.
Morte e morrer: uma fragilidade na formação médica
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DOI: 10.22533/at.ed.25723310528
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Palavras-chave: Morte; Atitude frente à morte; Estudantes de medicina; Bioética; Educação médica.
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Keywords: Death, Attitude towards death; Medical Student; Bioethics; Medical formation.
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Abstract:
The end of life is little discussed in medical schools, seen in several studies. The objective of the present work is to evaluate the preparation of the medical course at PUCPR, Londrina campus, regarding death and dying, in addition to the need for further deepening of the topic in the curriculum. This is a cross-sectional and quantitative study, where 50 boarding students answered a questionnaire that addresses questions regarding knowledge, feelings and perceptions, in addition to the relevance of a greater discussion of the topic at graduation. It was observed that students do not feel fully prepared to deal with the notification of bad news and to deal with their emotions when the patient dies. Practical and individual preparation were the main problems identified, and theoretical preparation was still seen as superficial by 24% of students. They consider that the discussion about the end of life is carried out throughout the undergraduate course, being of great relevance for medical training. It was concluded that there is a need for a greater approach on the subject, made in an interconnected way with the existing disciplines.
- Enzo Yudie Sonomura Bacchieri
- Vinicius Henrique dos Santos
- Adriano Torres Antonucci