Este ensaio tem por objetivo apresentar uma reflexão de como o fenômeno do empreendedorismo tem servido como estratégia do capital para precarização das relações de trabalho no século XXI. O texto pretende recuperar as bases conceituais do empreendedorismo em Schumpeter, o conceito de empreendedorismo como abertura de negócios ou criação de empresas e a relação com os principais modelos de negócios que têm emergido no contexto de crise estrutural do capital, conforme aponta Mészaros, em que os limites do sistema aprofunda a expropriação do trabalho e a degradação ambiental. O ensaio demonstra como a precarização do trabalho é peculiar nas novas modalidades de criação de negócios, e como o empreendedorismo virou sinônimo de emprego, frente a uma conjuntura de desemprego estrutural no mercado formal brasileiro