O DUPLO CHAMADO TERNURINHA...
Esta pesquisa inicia no ano de 2009, durante minha graduação em Teatro na UFRGS, na disciplina de Atelier de Composição de Personagem II, que propunha como objetivo a investigação sobre a máscara de bufão a partir das técnicas elaboradas por Jacques Lecoq. Tentando entender um pouco sobre o grotesco, fomos às ruas buscando referência naquilo que nos chamava a atenção pelo exagero, pela assimetria, pelo descontrole, pela falta de polidez – pois assim entendíamos o grotesco. Treinar o olhar para ver o torto fora de meu quintal, a fim de conseguir, depois de muita investigação, traduzi-lo em mim. (Quanta petulância desta aspirante acadêmica!!!) Acontece que depois de anos de pesquisa, de tanto olhar para o Outro, acabei chegando em mim, nas minhas contradições, no meu grotesco. O presente artigo apresentará um pouco sobre os caminhos que venho trilhando acerca deste meu duplo bufonesco, o qual batizei de Ternurinha. Na atual fase da pesquisa, venho desenvolvendo palestras para apresentar em ambientes acadêmicos, escolares, e também em igrejas, sindicatos, ruas, praças e festivais de teatro, versando sobre temas como Feminismo, Democracia, Capitalismo e Necropolítica. Seguindo a perspectiva de Henri Corbin, do campo da antropologia do imaginário, Ternurinha se faz ao caminhar. É na diversidade de situações e públicos que ela se complexifica, que se torna viva.
O DUPLO CHAMADO TERNURINHA...
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DOI: 10.22533/at.ed.9342017099
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Palavras-chave: Processos Criativos; Grotesco; Performance; Memórias
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Keywords: Creative Processes; Grotesque; Performance; Memoirs.
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Abstract:
This research starts in 2009, during my degree in Theater at UFRGS, in the discipline of Character Composition Atelier II, which proposed the objective of investigating the buffoon mask using the techniques developed by Jacques Lecoq. Trying to understand a little about the grotesque, we went to the streets looking for reference in what called our attention due to exaggeration, asymmetry, lack of control, lack of politeness - because that was how we understood the grotesque. Train my eyes to see the crooked outside my yard, in order to, after much research, translate it into me. (How petulant this academic aspirant is !!!) It turns out that after years of research, looking at the Other so much, I ended up reaching out to myself, to my contradictions, to my grotesque. The present article will present a little about the paths that I have been treading on my double buffoonery, which I baptized Ternurinha. In the current phase of the research, I have been developing lectures to present in academic and school environments, as well as in churches, unions, streets, squares and theater festivals, dealing with themes such as Feminism, Democracy, Capitalism and Necropolitics. Following the perspective of Henri Corbin, from the field of anthropology of the imaginary, Ternurinha makes himself walking. It is in the diversity of situations and audiences that it becomes more complex, that it becomes alive.
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Número de páginas: 9
- Stefanie Liz Polidoro