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capa do ebook O DIREITO À SAÚDE MENTAL NO TRABALHO NO BRASIL: MAIS DO QUE UM DIREITO HUMANO E MENOS DO QUE UM DIREITO FUNDAMENTAL

O DIREITO À SAÚDE MENTAL NO TRABALHO NO BRASIL: MAIS DO QUE UM DIREITO HUMANO E MENOS DO QUE UM DIREITO FUNDAMENTAL

Este trabalho analisa o nível de proteção que o direito à saúde mental no trabalho

recebe no Brasil, sob a perspectiva dos direitos fundamentais. O principal objetivo é

identificar em que momento, na passagem de direito humano a direito fundamental,

encontra-se o direito à saúde mental no trabalho. Explora-se, de um lado, o dever

de proteção que decorre, principalmente para o Estado, de todo e qualquer direito

fundamental; e de outro lado considera o quadro fático do adoecimento mental no

trabalho no Brasil, bem como os instrumentos institucionais alocados pelo Estado

brasileiro, na proteção da saúde mental dos trabalhadores. A pesquisa reconstrói, com

base na doutrina especializada, o caminho percorrido pelo direito à saúde, desde o seu

reconhecimento como direito humano, no direito internacional, até o reconhecimento

dele na Constituição e na legislação brasileira, o que equivale ao reconhecimento

formal de que se trata de direito fundamental. Na sequência, delineia-se o quadro atual

do trabalho humano por conta de terceiros, com suas transformações mais recentes

e com seus riscos à saúde do trabalhador, em especial à saúde mental. O quadro

é completado com o exame de dados disponíveis sobre o adoecimento mental de

trabalhadores brasileiros, e com referências aos instrumentos que, no Brasil, servem

à proteção do direito à saúde mental, como é o caso da Inspeção do Trabalho, do

Ministério Público do Trabalho e dos sindicatos de trabalhadores. A conclusão é que

o direito à saúde mental no trabalho, no Brasil, embora formalmente seja um direito

fundamental, na prática ainda não detém esse qualificativo, porque lhe falta adequada

previsão legislativa, condições políticas e culturais de implementação favoráveis, além

de tutela efetiva.

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O DIREITO À SAÚDE MENTAL NO TRABALHO NO BRASIL: MAIS DO QUE UM DIREITO HUMANO E MENOS DO QUE UM DIREITO FUNDAMENTAL

  • DOI: 10.22533/at.ed.342202201

  • Palavras-chave: 1. Trabalhadores – Direitos fundamentais – Brasil. 2.Trabalhadores – Saúde mental.

  • Keywords: human rights; fundamental rights; duty of protection; right to health; mental health at work.

  • Abstract:

    This paper analyzes the level of protection that the right to mental health at work

    receives, in Brazil, from the perspective of fundamental rights. The main objective is to

    identify when, in the passage from human right to fundamental right, there is the right

    to mental health at work. On the one hand, it explores the duty of protection which

    is derived, especially for the State, from any and all fundamental rights; and on the

    other hand, considers the factual picture of mental illness at work in Brazil, as well as

    the institutional instruments allocated by the Brazilian State, in protecting the mental

    health of workers. The research reconstructs, based on specialized doctrine, the path

    taken by the right to health, from its recognition as a human right, in international

    law, to its recognition in the Brazilian Constitution and law, which is equivalent to the

    formal recognition that it deals with fundamental right. The current outline of human

    work on behalf of third parties, with its most recent changes and its risks to workers’

    health, especially mental health, is outlined below. The table is supplemented by a

    review of available data on the mental illness of Brazilian workers, and references to

    the instruments that in Brazil serve to protect the right to mental health, such as the

    Labor Inspection, Labor unions. The conclusion is that the right to mental health at

    work in Brazil, although formally a fundamental right, in practice does not yet have this

    qualification, because it lacks adequate legislative prediction, favorable political and

    cultural conditions of implementation, as well as effective guardianship.

  • Número de páginas: 235

  • NOEDI RODRIGUES DA SILVA
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