O CUIDADO À CRIANÇA COM EPILEPSIA: COMBATENDO O DESCONHECIMENTO E O PRECONCEITO.
A epilepsia é um dos distúrbios neurológicos mais comuns na infância. Estima-se que de 3% a 10% das crianças até cinco anos de idade tenham pelo menos uma crise convulsiva na vida. O estudo versa sobre o cuidado à criança com epilepsia, destaca que o desconhecimento gera atitudes discriminatórias e interfere na qualidade de vida. Objetivos: identificar na literatura científica estudos que abordam a assistência em saúde voltada para a criança com epilepsia e analisar as estratégias utilizadas pelos profissionais da saúde para superar o estigma, o medo e o preconceito em relação à epilepsia infantil. Materiais e Métodos: estudo de revisão bibliográfica, qualitativo, realizado no mês de dezembro de 2021 nos bancos de dados do Pubmed e do Google Acadêmico. Foram selecionados 12 estudos que após análise constituíram três categorias temáticas. Resultados: a maioria dos estudos destaca que não só a criança, mas toda a família vivencia o estigma da doença, o que gera o medo, preconceito e atitudes discriminatórias. O preconceito e o estigma interferem no desenvolvimento social e cognitivo, com repercussões na inclusão social, o que compromete no controle, tratamento e na recuperação da criança. Destaca-se o cuidado qualificado e o acesso da criança/família/comunidade aos serviços de saúde especializados, evidenciando a necessidade da desconstrução do preconceito e estigmas em relação à doença e às pessoas com epilepsia. Conclusão: a assistência em saúde à criança com epilepsia deve ser multidisciplinar para favorecer mudança de atitude da sociedade. O enfermeiro deve estimular o comportamento das pessoas para que haja maior aceitação, combate ao preconceito e reconhecimento da existência de estigmas/discriminação em relação a epilepsia infantil. As estratégias assistenciais e educacionais devem ser incorporadas nas intervenções de enfermagem, o que irá contribuir para a melhora da qualidade de vida da criança frente à sua condição de saúde.
O CUIDADO À CRIANÇA COM EPILEPSIA: COMBATENDO O DESCONHECIMENTO E O PRECONCEITO.
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DOI: 10.22533/at.ed.3082216029
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Palavras-chave: Assistência infantil, Epilepsia, Preconceito, Educação em saúde, Estigmas
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Keywords: Child care, Epilepsy, Prejudice, Health education, Stigma
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Abstract:
Epilepsy is one of the most common neurological disorders in childhood. It is estimated that 3% to 10% of children up to five years of age have at least one seizure in their lifetime. The study deals with the care of children with epilepsy, highlighting that ignorance generates discriminatory attitudes and interferes with life quality. Objectives: to identify studies in the scientific literature that address health care for children with epilepsy and to analyze the strategies used by health professionals to overcome stigma, fear and prejudice in relation to childhood epilepsy. Materials and Methods:It is a qualitative literature review study, carried out in December 2021 via Pubmed and Google Scholar databases. Twelve studies were selected, which after analysis constituted three thematic categories. Results: most studies highlight that not only the child, but the entire family experience the stigma of the disease, which generates fear, prejudice and discriminatory attitudes. Prejudice and stigma interfere with social and cognitive development, with repercussions on social inclusion, compromising the control, treatment and recovery of the child. Qualified care and the access of the child/family/community to specialized health services are emphasized, highlighting the need to deconstruct prejudice and stigma. Conclusion: health care for children with epilepsy must be multidisciplinary to promote a change in society's attitude. Nurses should encourage people's best behavior for a greater acceptance, combating prejudice and recognizing the existence of stigmas/discrimination in relation to childhood epilepsy. Care and educational strategies must be incorporated into nursing interventions, which will contribute to improving the child's quality of life in view of their health condition.
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Número de páginas: 20
- Debora Rangel Moreira
- Suely Lopes de Azevedo
- Raquel de Oliveira Laudiosa da Motta
- Aline Silva da Fonte Santa Rosa de Oliveira
- Sueli Oliveira da Silva
- Maria Lucia Costa de Moura
- Jean Christ Cédras Capo-chichi
- André Ribeiro da Silva