Este artigo faz uma análise do

documentário maranhense Marina (2017), de

Taciano Brito, usando como base a tríplice

mimesis1 de Paul Ricoeur 2sob o título “O cinema

e o duplo: análise mimética do filme Marina”,

mostrando a força, empoderamento e resiliência

da mulher negra. Foi trazido para o debate a

história de vida da personagem, a relação do

autor com a obra e também as questões de

trabalho forçado que afetou muitas jovens no

passado, principalmente das que saíram de

suas terras para trabalharem, desde crianças,

como empregadas domésticas nas “casas de

família” da capital, aspecto que infelizmente

também faz parte da realidade atual de muitas

mulheres pobres, principalmente negras, fruto

de uma herança escravocrata ainda enraizada

no Brasil.