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O Candomblé como contexto de aprendizagem na prática

Este texto tem como objetivo investigar os processos de aprendizagem envolvidos no Candomblé, religião que se formou no Brasil pela influência de tradições africanas diversas, vinda com os escravos, e que se mostra como um manancial de fenômenos educativos: ali deve-se aprender a cantar e a dançar para os Orixás, a fazer as comidas específicas para cada situação, as ervas e folhas de cada banho ritual, a linguagem ritual em iorubá – a qual nomeia várias coisas, objetos, cargos e também pessoas –, a forma de se portar e de pedir a benção, a lavar, passar e engomar roupas, além da educação dos sentidos – do olfato, do tato, da visão, da audição e do paladar – e da própria possessão. Tendo em vista que os fenômenos educativos, bem como os processos de aprendizagem no Candomblé são peculiares e independentes das tradicionais estruturações pedagógicas, o problema deste texto se baseia na seguinte questão: como, afinal, essa gama de elementos culturais-religiosos do Candomblé – como as danças, as cantigas, a linguagem ritual do iorubá, o preparo das comidas, a própria possessão, etc – são aprendidos, uma vez que não há um momento pedagógico específico para este ensino? Busca-se através de um diálogo com a teoria de Tim Ingold e de Jean Lave refletir sobre o processo de aprendizagem no Candomblé.
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O Candomblé como contexto de aprendizagem na prática

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.2952403076

  • Palavras-chave: aprendizagem na prática; Candomblé; comunidade de prática.

  • Keywords: aprendizagem na prática; Candomblé; comunidade de prática.

  • Abstract: Este texto tem como objetivo investigar os processos de aprendizagem envolvidos no Candomblé, religião que se formou no Brasil pela influência de tradições africanas diversas, vinda com os escravos, e que se mostra como um manancial de fenômenos educativos: ali deve-se aprender a cantar e a dançar para os Orixás, a fazer as comidas específicas para cada situação, as ervas e folhas de cada banho ritual, a linguagem ritual em iorubá – a qual nomeia várias coisas, objetos, cargos e também pessoas –, a forma de se portar e de pedir a benção, a lavar, passar e engomar roupas, além da educação dos sentidos – do olfato, do tato, da visão, da audição e do paladar – e da própria possessão. Tendo em vista que os fenômenos educativos, bem como os processos de aprendizagem no Candomblé são peculiares e independentes das tradicionais estruturações pedagógicas, o problema deste texto se baseia na seguinte questão: como, afinal, essa gama de elementos culturais-religiosos do Candomblé – como as danças, as cantigas, a linguagem ritual do iorubá, o preparo das comidas, a própria possessão, etc – são aprendidos, uma vez que não há um momento pedagógico específico para este ensino? Busca-se através de um diálogo com a teoria de Tim Ingold e de Jean Lave refletir sobre o processo de aprendizagem no Candomblé.

  • Taísa Domiciano Castanha
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