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O BRINCAR DIANTE DAS ESTEREOTIPIAS NA CRIANÇA AUTISTA – PRODUÇÃO DE CENÁRIOS CLÍNICOS E EDUCAÇÃO MUSICAL

As estereotipias definem-se como ações de repetições espaciais e temporais, não apresentando representações ou cenários onde a criança possa se reconhecer como sujeito, as quais são comumentes em sujeitos com autismo. Estas sucessões de movimentos produzem um movimento sensório-motor bruto, obsceno e inútil, onde seus excessos nos mostram o sofrimento do sujeito. É neste sentido que o brincar e as produções de cenários assumem relevância, pois nestes, as crianças provocam verdadeiras e ficcionais transformações: pegam um objeto qualquer – pedra, copo, colher, papel, uma caixa, qualquer objeto que possa ser transformado em um carro, uma boneca, uma borboleta, etc. Para tanto, este trabalho constitui-se como relato de experiência realizado em uma Instituição do Estado de Santa Catarina, a qual desenvolveu-se através da práxis de Educação Musical para crianças com autismo. Neste estudo elenca-se as produções possíveis a partir das estereotipias apresentadas por uma criança que compunha o grupo de Educação Musical. Os procedimentos metodológicos englobaram observações, análise de prontuários, entrevista com os pais e intervenções atentas a produção de cenários e ao brincar. Diego (nomeação fictícia) estereotipava jogando todos os objetos que vinham a sua mão, deste modo, indagamo-nos: Como propiciar experiências musicais com este aluno? Partindo da estereotipia de Diego, utilizamos a música como ferramenta para a construção de cenários onde o aluno pode se reconhecer como sujeito, criando, desde modo, através de sua estereotipia, um cenário necessário ao brincar. Desta forma, diante das estereotipias, incluímos elementos sonoros que possibilitaram um cenário de significações, como mostram as diversas intervenções realizadas durante o trabalho.
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O BRINCAR DIANTE DAS ESTEREOTIPIAS NA CRIANÇA AUTISTA – PRODUÇÃO DE CENÁRIOS CLÍNICOS E EDUCAÇÃO MUSICAL

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.9932412022

  • Palavras-chave: Estereotipias; Autismo; Brincar; Produção de Cenários clínicos; Educação Musical.

  • Keywords: Stereotypies; Autism; To play; Production of clinical scenarios; Musical education.

  • Abstract: Stereotypies are defined as actions of spatial and temporal repetitions, not presenting representations or scenarios where the child can recognize themselves as a subject, which are common in subjects with autism. These successions of movements produce a gross, obscene and useless sensorimotor movement, where its excesses show us the subject's suffering. It is in this sense that playing and the production of scenarios take on relevance, because in these, children cause real and fictional transformations: they pick up any object – stone, cup, spoon, paper, a box, any object that can be transformed into a car , a doll, a butterfly, etc. To this end, this work constitutes an experience report carried out in an Institution in the State of Santa Catarina, which was developed through the practice of Musical Education for children with autism. This study lists the possible productions based on the stereotypes presented by a child who made up the Musical Education group. The methodological procedures included observations, analysis of medical records, interviews with parents and interventions focused on the production of scenarios and playing. Diego (fictitious name) stereotyped throwing all the objects that came to his hand, so we asked ourselves: How can we provide musical experiences with this student? Starting from Diego's stereotypy, we use music as a tool to build scenarios where the student can recognize themselves as a subject, thus creating, through their stereotypy, a necessary scenario when playing. In this way, in the face of stereotypies, we included sound elements that enabled a scenario of meanings, as shown by the various interventions carried out during the work.

  • Deise Priscila Delagnolo
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