NUTRIÇÃO E DOENÇA DE ALZHEIMER: A IMPORTÂNCIA DA EPIGENÉTICA
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, progressiva e irreversível, com etiologia pouco esclarecida e é caracterizada pela formação extracelular de placas senis contendo peptídeo beta-amiloide (βA) e pela produção de emaranhados neurofibrilares (ENFs) de proteína tau hiperfosforilada no citoplasma neuronal. Como consequência, observa-se um quadro de neurodegeneração em regiões associadas à cognição, o que resulta em declínio cognitivo progressivo. Entretanto, sabe-se que há interação entre mecanismos moleculares e ambientais, entre os quais estão os genes envolvidos no surgimento da DA e o consumo de nutrientes específicos, respectivamente. Estudos recentes vêm apontando a capacidade dos nutrientes, assim como a deficiência dos mesmos, em alterar a expressão gênica na DA sem alterar a estrutura do ácido dexorribonucleico (DNA), por meio da metilação do DNA e modificações histônicas, evento conhecido como epigenética. Esses nutrientes, portanto, regulam a expressão gênica de enzimas relacionadas à produção de βA, diminuindo o acúmulo desse peptídeo no tecido neural, reduzem a formação dos ENFs pela regulação epigenética das proteínas envolvidas na sua formação e, por fim, atuam como antioxidantes e anti-inflamatórios o que evita o estresse oxidativo e reduz as lesões causadas pelas reações inflamatórias que podem ser desencadeadas pelas placas senis e pelos ENFs. Por conseguinte, o presente trabalho pretende descrever os principais aspectos fisiopatológicos da DA e a relação e benefícios das vitaminas do complexo B, vitaminas antioxidantes (A, C e E) e ácidos graxos ômega-3 na prevenção e tratamento dessa doença.
NUTRIÇÃO E DOENÇA DE ALZHEIMER: A IMPORTÂNCIA DA EPIGENÉTICA
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DOI: 10.22533/at.ed.26220270821
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Palavras-chave: Nutrientes, Doença de Alzheimer, Epigenética
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Keywords: Nutrients, Alzheimer Disease, Epigenetic
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Abstract:
Alzheimer's disease (AD) is a neurodegenerative, progressive and irreversible disease, with a poorly understood etiology and characterized by extracellular formation of senile plaques using beta-amyloid peptide (βA) and by the production of entangled neurofibrillary (ENFs) of hyperphosphorylated tau at the neuronal cytoplasm. As a consequence, neurodegeneration is observed in regions related to cognition or progressive cognitive decline. However, it is known that there is an interaction between molecular and environmental mechanisms, among which are genes involved in the appearance of AD and in the consumption of nutrients, respectively. Recent studies show the capacity of nutrients, such as the lack of that molecules, cause modifications in the genetic expression of AD without changing the structure of dexoribonucleic acid (DNA), through DNA methylation and historical alterations, an event known as epigenetics. These nutrients, therefore, regulate the genetic expression of enzymes related to the production of βA, decreasing the concentration of this peptide in the neural tissue, reduces the formation of NFEs by the epigenetic regulation of the proteins involved in their formation and, finally, acting as antioxidants and anti-inflammatories, which prevents oxidative stress and reduces injuries caused by inflammatory reactions that can be triggered by senile plaques and NFEs. Thus, the present work describes the main pathophysiological aspects of AD and the relationship and benefits of B vitamins, antioxidant vitamins (A, C and E) and omega-3 fatty acids in the prevention and treatment of this disease.
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Número de páginas: 14
- Gabrielly Costa do Nascimento
- Aldaisa Pereira Lopes
- Dheyson Sousa Dutra
- Layza Karyne Farias Mendes
- Renata Martins Costa
- Ana Júlia Ribeiro de Sousa Castro
- Fernanda Karielle Coelho Macedo
- Nayara Rodrigues de Carvalho
- Mariany de Alencar
- Ionara Jaine Moura oliveira
- Ticiana Maria Lucio de Amorim
- Artur Barbosa Gomes
