A esquistossomose mansoni é uma

doença parasitária, causada pelo trematódeo

Schistosoma mansoni, cujas formas adultas

habitam os vasos mesentéricos do hospedeiro

definitivo (homem), as formas intermediárias

se desenvolvem em caramujos gastrópodes

aquáticos do gênero Biomphalaria. A magnitude

de sua prevalência, associada à severidade

das formas clínicas e a sua evolução, conferem

a esquistossomose uma grande relevância

como problema de saúde público. Assim,

reconhecendo que a doença é um fator

agravante no Brasil e, sobretudo, no Maranhão,

percebeu-se a necessidade de se avaliar os

casos notificados no município de São Bento/

MA e sua relação com as condições ambientais

onde o município está inserido. Para tal,

foram utilizados dados do IBGE e analisados

os casos notificados de esquistossomose

no Sistema de Informação do Programa de

Controle da Esquistossomose (SISPCE), foram

selecionadas as variáveis população trabalhada,

exames, positivos, porcentagem de positividade

e casos tratados. O munícipio de São Bento tem

uma população estimada em cerca de 45 mil

habitantes com aproximadamente 40% de sua

população residente em áreas rurais. Se situa

na região da Baixada Maranhense, região que

possui muitos campos alagados, condição esta

que propicia o turismo e o laser e a manutenção

do ciclo de transmissão da patologia. Nos

anos de 2015 e 2016 foram realizados 5.265

e 4.374 exames, respectivamente, dentro de

um universo de 10.271 pessoas trabalhadas

pelo PCE. Destes, foram detectados 352 casos

positivos (% de positividade de 6,69) em 2015 e

217 casos (% de positividade de 4,96) em 2016.

Em 2015, 343 casos positivos foram tratados e

em 2016, 213 casos foram tratados. O trabalho

revela a necessidade de intervenção para que

a redução do número de casos observada nos

dois anos avaliados se mantenha. Aliado a

isto, implementação de campanhas educativas

que visam a conscientização da população do

município.