NÓS - TEATRO DAS OPRIMIDAS E A (DES) NATURALIZAÇÃO DAS VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES
Este artigo se propõe a revisitar o processo criativo da intervenção urbana Nós, bem como sua trajetória artística iniciada em dois mil e seis no CEU - Complexo Educacional Unificado Inácio Monteiro, durante as orientações em teatro para jovens e adultos moradores do extremo leste da cidade de São Paulo, região com altos índices de vulnerabilidade social e feminicídio.
As criadoras intérpretes participantes do Programa Vocacional da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, sob a orientação de Michelle Lomba, realizaram diversas performances em diferentes contextos sociais e formatos artísticos até meados de dois mil e dezenove.
Essa pesquisa artística política pedagógica tem por objetivo colaborar para o combate das violências contra as mulheres e elucidar práticas da pedagogia teatral, através da Estética do Oprimido criado por Augusto Boal, o Teatro das Oprimidas sistematizado por Bárbara Santos e Alessandra Vannucci, os jogos do arsenal do Teatro do Oprimido, improvisações cênicas a partir da técnica de Teatro Imagem, conceitos em performance e teatro de rua como arte pública.
Fizeram parte do processo criativo as narrativas pessoais de relacionamentos abusivos, estudos sobre gênero e feminismo interseccional atrelado as desigualdades de gênero, raça e classe.
A partir da intervenção urbana Nós, conclui-se que estéticas feministas realizadas no espaço urbano, contribuem para a desestabilização de discursos e a desnaturalização de violências contra as mulheres, a fim de denunciar através de corpos femininos na cena, as violências simbólicas, psicológicas, físicas, patrimoniais e sexuais, além de romper com o silenciamento e invisibilidade dessas violências presentes cotidianamente na sociedade contemporânea.
NÓS - TEATRO DAS OPRIMIDAS E A (DES) NATURALIZAÇÃO DAS VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES
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DOI: 10.22533/at.ed.5732007109
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Palavras-chave: Pedagogia do Teatro; Teatro das Oprimidas.
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Keywords: Theater’s Pedagogy; Theater of the oppressed woman.
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Abstract:
This article is revised creatively by the urban intervention We, as well as its artistic trajectory started in two thousand and six the Inácio Monteiro Unified Educational Complex, during theater orientations for young women living in the far east of the city of São Paulo, a region with high indices of social vulnerability and feminicide.
As performers participating in the Vocational Program of the Municipal Secretary of Culture of São Paulo, under the guidance of Michelle Lomba, performed several performances changes in different social contexts and artistic formats up to two thousand and nineteen.
This artist pedagogical aims to collaborate to combat violations against women and had as theoretical reference the Aesthetics Oprimido created by Augusto Boal, the Theater of the Oppressed Women systematized by Bárbara Santos and Alessandra Vannucci, the games in the arsenal of Teatro Oprimido, scenic improvisations from of the Image Theater technique, concepts in performance and street theater as public art.
They were part of the creative process as personal narratives of sexual abuse, studies on gender and intersectional feminism linked to inequalities of gender, race and class.
From the urban intervention We, we concluded that feminist aesthetics executed in the urban space, contribute to the destabilization of discourses and denaturalization of violations against women, through the female body in the scene, denounce violence symbolic, psychological, patrimonial violations and sexual, addition to breaking with the silencing and invisibility of these violence present daily in contemporary society.
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Número de páginas: 15
- Michelle dos Santos Lomba
