NO MUNDO CORPORATIVO AS DIFERENÇAS NÃO SÃO IGUAIS: UMA DISCUSSÃO SOBRE A CONTRATAÇÃO DE DEFICIENTE
Na sociedade que briga pela diversidade a inclusão é um ponto que mais exclui. A busca pelo entendimento sobre a contratação de deficientes em empresas é um tema que ainda parece ser mais um favor do que um reconhecimento profissional e, é neste interim, que se avalia preceitos éticos de corporações que factuam inclusões excludentes. Assim, ainda que se façam leis e sagrem punições, a sociedade mantém olhar nu para àquele que, não é deficiente profissional, mas que paga por ser diferente dos que se dizem normais. Há logo uma normose existente, ou seja, como entoou Legião Urbana ”nos deram espelhos e vimos um mundo doente”. Para desenvolvimento do trabalho utilizou-se da seguinte estrutura: foi apresentado a problemática da pesquisa seguida dos objetivos que delimitam o tema apresentado. Apresentou-se também o método da pesquisa cientifica e os resultados alcançados a partir do método escolhido. Assim pode-se concluir As empresas parecem cumprir a legislação, mas será que a ética é um dos preceitos para que tal ação se estabeleça e configure uma sociedade capaz de vencer preconceitos e paradigmas cruéis e inexatos. A sociedade tecnológica, a modernidade líquida, a sociedade chamada inclusiva e que tem como lei maior a CF de 1988 – conhecida como constituição cidadã, ainda traduz o retrógrado olhar para com os diferentes. Dessa forma, analisar o mercado de trabalho sob o prisma da pessoa com deficiência está muito além de se pensar em inserção social, é, antes de qualquer lei, um ato capitalista que se figura não pelo modo de observação a meros caracteres físicos, mas ao profissionalismo que vence qualquer obstáculo. É, nesse contexto que esta pesquisa busca compreender como – ainda que protegido pela lei – o deficiente é visto no universo corporativo, ou seja, analisar-se-á desde a oferta de vagas até o tratamento destinado aos contratados e também as dificuldades para a manutenção do emprego e a evolução profissional se é que ela é prevista para deficientes. Dessa forma, observar-se-á até que ponto se cumpre? A lei que determina tal contratação e, ainda, se há nessas relações o preceito da ética para com o deficiente. O trabalho, ainda que em trajetória embrionária, pautar-se-á na análise da comunicação das empresas com o universo da contratação do deficiente. Ainda que a lei 8.213, que trata das cotas para pessoas com deficiência serem empregadas no Brasil, determine a contratação de pessoas com deficiência, busca-se nesta pesquisa analisar como é factuada essa contratação e os moldes em que ela é colocada em prática. É, nesse contexto, que se visualizará até que ponto a ideia de preconceito e um melindre ético são entraves para reconhecer um profissional escondido na sua deficiência física. A pesquisa brota primeiramente da revisão bibliográfica seguida de uma pesquisa breve de campo que abordará empresários sobre o número de contratações efetuadas no período de 2015 a 2018 e como essas contratações se firmaram na organização. Segundo dados levantados por Caoli (2014) Uma pesquisa da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) Nacional, Isocial e Catho realizada com 2.949 profissionais do setor apontou que 81% dos recrutadores contratam pessoas com deficiência “para cumprir a lei”. Apenas 4% declararam fazê-lo por "acreditar no potencial" e 12% o fazem "independente de cota". Para Teresa Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência, este é um dos principais problemas da inclusão desses profissionais no mercado de trabalho no país.
NO MUNDO CORPORATIVO AS DIFERENÇAS NÃO SÃO IGUAIS: UMA DISCUSSÃO SOBRE A CONTRATAÇÃO DE DEFICIENTE
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DOI: 10.22533/at.ed.50120041117
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Palavras-chave: Contratação; Inclusão; Mercado de Trabalho
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Keywords: Hiring; Inclusion; Labor market
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Abstract:
In society that fights for diversity, inclusion is a point that most excludes. The search for understanding about hiring disabled people in companies is a topic that still seems to be more of a favor than professional recognition, and it is in the meantime that the ethical precepts of corporations that make exclusions inclusive are evaluated. Thus, even if laws are made and sanctions are imposed, society keeps a naked eye on those who are not professionally disabled, but who pay for being different from those who say they are normal. There is already an existing normosis, that is, as Legião Urbana intoned "they gave us mirrors and we saw a sick world". For the development of the work, the following structure was used: the research problem was presented, followed by the objectives that delimit the presented theme. The method of scientific research and the results achieved from the chosen method were also presented. So it can be concluded Companies seem to comply with the legislation, but is ethics one of the precepts for such an action to be established and configure a society capable of overcoming cruel and inaccurate prejudices and paradigms. The technological society, the liquid modernity, the so-called inclusive society and whose main law is the 1988 Constitution - known as the citizen constitution, still reflects the retrograde look towards the different. Thus, analyzing the labor market from the point of view of people with disabilities is much more than thinking about social insertion, it is, before any law, a capitalist act that is shown not by the way of observation to mere physical characters, but by professionalism that overcomes any obstacle. It is in this context that this research seeks to understand how - although protected by law - the disabled person is seen in the corporate universe, that is, it will be analyzed from the offer of vacancies to the treatment destined to the contractors and also the difficulties for the maintenance of employment and professional development, if it is for disabled people. In this way, will it be observed to what extent it is fulfilled? The law that determines such hiring and, still, if there is in these relationships the precept of ethics towards the disabled. The work, even if in an embryonic trajectory, will be based on the analysis of the communication between companies and the universe of hiring the disabled. Although Law 8,213, which deals with quotas for people with disabilities to be employed in Brazil, determines the hiring of people with disabilities, this research seeks to analyze how this hiring is carried out and the ways in which it is put into practice. It is in this context that we will see the extent to which the idea of prejudice and an ethical squeamish are obstacles to recognizing a professional hidden in his physical disability. The research comes first from the bibliographic review followed by a brief field survey that will address entrepreneurs on the number of hires made in the period from 2015 to 2018 and how these hires were signed in the organization. According to data collected by Caoli (2014) A survey by the Brazilian Association of Human Resources (ABRH) Nacional, Isocial and Catho carried out with 2,949 professionals in the sector showed that 81% of recruiters hire people with disabilities “to comply with the law”. Only 4% said they did it for "believing in the potential" and 12% did it "regardless of quota". For Teresa Amaral, superintendent of the Brazilian Institute for the Rights of Persons with Disabilities, this is one of the main problems of including these professionals in the labor market in the country.
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Número de páginas: 2
- Diego Maciel dos Santos Martins
- João Pedro Gonçalves Brasil Vieira
- Micaela Fornoni
- Rodolfo Zambom Silva
- Thaylher H. Bortoletto
- Janaina Regis da Fonseca Stein