No arquivo: da dizibilidade da imagem à (in)visibilidade do sujeito criança em vulnerabilidade social.
O filósofo francês Jacques Rancière propõe em seu livro “O destino das imagens” (2012)
a seguinte pergunta: O que dizem as imagens? Partindo dessa pergunta, vamos trazer imagens do
sujeito criança em vulnerabilidade social no exercício do trabalho infantil. Serão as seguintes imagens:
uma ilustração do trabalho infantil nas fábricas (1842 apud NM, 2011), imagens do livro-imagem
“Cena de rua” (1994), da escritora e desenhista Ângela Lago, e, por fim, uma ilustração do cartunista
polonês Pawel Kuczynski, produzida em 2005. A ilustração do trabalho infantil nas fábricas trata da
exploração do trabalho infantil no século XIX e traz a questão da exploração devido à miséria pela
qual passava a maioria das famílias europeias. Já, as imagens selecionadas do livro “Cena de rua”
(1994), tratam de um menino que vende frutas na rua e dizem como se dão as circunstâncias de sua
(sobre)vivência. E, por fim, traremos um desenho (20025) de um cartunista polonês, Pawel Kuczynski,
contemporâneo, que trata, sob um viés satírico, a desigualdade social. O objetivo é entender, por meio
das imagens o que e como elas dizem sobre esses sujeitos crianças, as quais são ditas nas imagens e
invisíveis para a(s) sociedade(s). Diante disso, a partir do conceito de arquivo, de Michel Foucault,
mobilizarei, no confronto das imagens, as regularidades dessa dizibilidade, pois, no agrupamento das
coisas ditas nessas imagens aparecem as regras de uma prática que tem se perpetuado, em períodos
enunciativos distintos, que vão do século XIX ao XXI.
No arquivo: da dizibilidade da imagem à (in)visibilidade do sujeito criança em vulnerabilidade social.
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.7072414064
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Palavras-chave: arquivo; imagem; trabalho infantil; vulnerabilidade social.
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Keywords: -
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Abstract: -
- Roselene de Fatima Coito