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capa do ebook “Ninguém nunca ficará entre”: A Dinâmica e Estrutura da Psicose em Bates Motel

“Ninguém nunca ficará entre”: A Dinâmica e Estrutura da Psicose em Bates Motel

Este trabalho é uma revisão bibliográfica que consiste numa busca pelos materiais já existentes que falam sobre a estruturação psíquica da psicose, utilizando-se como instrumento de análise, o filme Psicose (1960) e o seriado televisivo Bates Motel (2013). Como objetivo, propõe-se explanar sobre a estrutura e a dinâmica psicótica promovendo uma revisão crítica da teoria psicanalítica sobre a estrutura e de que forma é observada a psicose no cinema sob o olhar do espectador. No filme, inicialmente conhecemos Marion, seus afetos e desafetos e logo na metade do filme somos testemunhas oculares de seu assassinato. O espectador conhece o local do crime e como foi cometido, vivenciando junto à Norman Bates, os receios do descobrimento e um dado estranhamento. No seriado televisivo, conhecemos o início da trajetória de Norman, o que influenciou alguns de seus atos e o receio em se separar de sua mãe, Norma. O elemento em comum que será analisado é a impossibilidade de um “entre” do filho com sua mãe, a relação especular entre ambos. Nos psicóticos, principalmente em Norman, o indivíduo não foi atravessado pela castração. Para que isso pudesse ocorrer é necessária a inscrição do significante Nome-do-Pai, a lei no qual coloca o filho em sua posição e não em ser um eterno falo materno. Pode-se observar que Norman ficou preso ao tempo do duplo, vivenciado com sua mãe; não superou o Estádio do Espelho fadado a ser o falo e suas ações homicidas pela sua mãe internalizada transmitindo ao espectador um certo estranhamento demonstram a foraclusão do significante Nome-do-Pai, é um indivíduo que não lhe foi permitido passar a desejar, permanecendo na pulsão, no instinto, usando seus complexos primitivos nos momentos frustrantes, sendo esta uma das causas da estranheza em quem observa. 

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“Ninguém nunca ficará entre”: A Dinâmica e Estrutura da Psicose em Bates Motel

  • DOI: 10.22533/at.ed.6822107072

  • Palavras-chave: Édipo. Estranho. Psicose.

  • Keywords: Oedipus. Psychosis. Weird.

  • Abstract:

    This work is a bibliographical review that consists of a search for the existing materials that talk about the psychic structuring of the psychosis, using as an instrument of analysis, the film Psycho (1960) and the television series Bates Motel (2013). As an objective, it is proposed to explain psychotic structure and dynamics by promoting a critical review of psychoanalytic theory about structure and how psychosis is observed in cinema under the viewer's eye. In the film, we first met Marion, his affections and dislikes, and soon in the middle of the movie we are eyewitnesses to his murder. The viewer knows the crime scene and how it was committed, living together with Norman Bates, the fears of discovery and a certain strangeness. In the television series, we know the beginning of Norman's career, which influenced some of his actions and the fear of separating from his mother, Norma. The element in common that will be analyzed is the impossibility of a "between" the child with his mother, the specular relationship between the two. In psychotics, especially in Norman, the individual was not crossed by castration. For this to occur, it is necessary to inscribe the Significant Name-of-Father, the law in which he places the child in his position and not in being an eternal maternal phallus. It can be seen that Norman was stuck in the time of the double, experienced with his mother; did not overcome the Stage of the Mirror destined to be the phallus and his homicidal actions by his internalized mother transmitting to the spectator a certain strangeness demonstrate the forbidding of the Significant Name-of-the-Father, is an individual that was not allowed to happen to desire, remaining in the instinct, using its primitive complexes in frustrating moments, this being one of the causes of the strangeness in which it observes. 

  • Número de páginas: 19

  • Samanta Antoniazzi
  • Débora Maria Biesek
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